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Um coqueiro alto chamado buriti revistaxapuri.info

Um coqueiro alto chamado buriti

Um coqueiro alto chamado buriti

Era uma vez… 

Por Adelino Machado 

Era uma vez…

Um lugar onde corria água,

Mas chegou um homem e comprou.

Trouxe um operário e um trator.

Hoje, onde corria água, tem cinza!

Era uma vez…

Um lugar onde tinha um brejo.

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Uma família de pés de BURITIS,

E muitos sapos a festejar.

Hoje, quem reside lá são eleitores!

Era uma vez…

Uma grota que escorria pela encosta.

Onde escondia à tarde, a coruja noturna,

E cantava o caburé adivinhador de chuvas.

Hoje, mal cheira nossos excrementos!

Era uma vez…

Um coqueiro alto chamado BURITI.

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Que foi ficando solitário e triste.

Depois, desviaram o córrego para construir o bueiro.

Hoje, é apenas saudade em um triste poema…!

Foto: Rodrigo Junqueira/ISA

Nota do autor: Diante da tragédia ambiental que vivemos, ofereço mais uma vez esse poema, com intento de refletirmos sobre as ações das pessoas, das empresas e do poder público, que agindo “naturalidade” destrói tudo em benefício do dinheiro. Mas o que adianta dinheiro, poder, lucro, sem chuvas e sem água? Esse poema foi escrito no ano 2000.

MACHADO, Adelino Soares Santos. Suspiros poéticos do Nordeste Goiano. Editora e distribuidora de livros Planeta Ltda. – 1ª ed. Goiânia – GO, 2002, p. 82.

Adelino Machado, membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano – ALANEG, cadeira 25.

Você sabia?

O termo buriti é a designação comum das plantas dos gêneros MauritiaMauritiellaTrithrinax e Astrocaryum, da família das arecáceas (antigas palmáceas). Mais especificamente, o termo costuma se referir a Mauritia flexuosa (Mauritia vinifera Mart.), uma palmeira muito alta, nativa de Trinidad e Tobago e das Regiões Central e Norte da América do Sul, especialmente de Venezuela e Brasil. Neste país, predomina nos estados do Acre,Amapá, Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí, mas também encontra-se nos estados do Ceará, Bahia, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. É também conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu e carandaí-guaçu. (Fonte: Wikipédia)

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

 

 

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