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Uma carta respingada de lágrimas revistaxapuri.info
Uma carta respingada de lágrimas

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Uma carta respingada de lágrimas

O cara caiu…

Por Vivian Sá

Covardemente. Usando mulher e filhos como escudo, como pano pra pilantragem.

Primeiro levou a esposa em evento da Caixa mais cedo. Evocou suas duas décadas de casamento e aquela mania velhaca que esse tipo tem de após fazer tudo que é lambança, pegar a esposa, botar na frente e xoramingar “mas eu sou casado com ela aqui ó!”, e assim como a esposa do Dória, ela foi, mas nada falou. Nem poderia! Humilhante.

Humilhante. Degradante. O papel de esposa desses caras é uma coisa esdrúxula inventada pelo sociedade quando mulher nem votava, e quando a gente pensa que o sistema tá caindo, eles esfregam na nossa cara o engano. É como se dissessem “Temos um exemplar de vocês em casa, é meu. Precisou, eu uso.” É estrutural.

E as mulheres assediadas, não tem família? E marido, filhos? E pais e mães? E irmãos? E mesmo quem não tenha, tem a nós, seus colegas, seus amigos. Se as relações desses “patriarcas” são falidas e pautadas na mau caratismo e conivência, as nossas não são. As pessoas do mundo real, tem famílias reais, amigos reais. Aqui as relações não são para subir degraus, são para se viver.

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Quanto tempo você achou que ia passar mais sem que fosse cobrado? Quanto tempo achou que essa vida de mentira, ao mesmo tempo que rica, oca-falida-podre ia se sustentar? Algumas pessoas podem ter se atraído por algum tipo de diversão misturada com deslumbre, e carreirismo, mas nem todo mundo. Quanto mais dinheiro da empresa queria usar nas farras e depois em promoções e sumiços ?

Esse governo colocou os ratos pra dançar. Entupiu de queijo e deixou todos muito contentes! E eles dançaram. Dançaram muito, saíram do bueiro. Começaram a dançar de dia, à vista de todos, porque as instituições começaram a se acostumar. Não pegavam. Mas nem todas.

Tem a imprensa. Aaaahh a imprensa que muitas vezes confunde tanto seu papel na sociedade, jogando o povo pra lá e pra cá, aaahhh mas como é necessária. Como tem o poder de fazer o certo, e fechar as tampas dos bueiros! Os ratos tem pavor quando a imprensa trabalha.

E as mulheres! Frágeis não? Não. Vulneráveis, é fato. Sofreram, e tenho certeza que alguns colegas homens também. O som da voz do cara é tão horroroso que imagino na cabeça dessas pessoas que ouviram tantas barbaridades. No outro dia lágrimas pelo presidente da República, ou num evento, coisas assim. Hipocrisias diárias, e essa voz horrível. Mas as mulheres resolveram resolver! Deve ter sido difícil demais mas elas conseguiram.

Ele está agora dizendo que é mentira, que é só o que ele faz nessa vida. É um mentiroso compulsivo que não tem problema nenhum em dizer que os outros é que mentem, faz isso desde sempre. Mente. Mente. Mente.

E agora mente, e bota a esposa na frente. Filho da..

Mas caiu. Eu disse na frente da B3 num ato aqui em Sao Paulo quando ele tava leiloando a lotex, que ele ia sair da Caixa pela porta dos fundos. Errei quase tão rude quanto a ouvidoria interna da empresa. Ele não saiu por aí não. As mulheres da empresa o jogaram na privada e a imprensa, com apoio das entidades que defendem os trabalhadores, deu descarga.

Tchau querido. Cuidado com os canos sujos, mas vc nao esta só! Tenho certeza que vai reconhecer muitos ratos nesse esgoto aí. A carta vai na próxima descarga.

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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