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Um ecocídio em curso revistaxapuri.info

Um ecocídio em curso

Um ecocídio em curso

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

Outro dia eu conversava com Ângela Mendes e ela contou que em um de seus momentos íntimos com a mata, escutou a voz de uma castanheira, que entre outras palavras, repetia uma só palavra: empate, empate, empate, empate…

Por Marielle Ramires/via Mídia Ninja

Em muitas de suas andanças, Ângela tem professado que diferente dos tempos de Chico, os empates de hoje vêm sendo feitos através da comunicação, da arma poderosa do midiativismo de muitas mãos.

Ontem assistindo “O Território”, documentário incrível e premiado sobre o qual escreverei em outra publicação, lembrei-me das palavras de Ângela, que muito se assemelha as leituras que Bitate Uru Eu Wau traz no filme.

Em sobrevoo que fiz outro dia e já mostrei aqui, mais de 2 mil hectares estavam prontos para o golpe final da matança. Leras e mais leras (fileiras de madeiras desmatadas) prontas para a queimada. Mais de 2 mil hectares desmatados de uma só vez em apenas uma das áreas. Chocante. Triste. Desesperador.

 

Há rumores de que um outro dia do fogo estava sendo planejado naquilo que pode vir a ser uma xepa de fins de um tempo. Se é fato, ainda não sabemos. Mas a devastação está avançada. Mais de 500 km queimam do Cerrado à Amazônia. Há um ecocídio em curso no Brasil sob os olhos de um Estado inerte e sequestrado. Que vê, mas está amordaçado.

Alguém há de pagar por esses crimes. A começar por Bolsonaro.

https://revistaxapuri.info/deu-empate-no-parlamento-europeu/

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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