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Tucandeira: o ritual de iniciação masculina do povo Saterê-Mawé revistaxapuri.info
POVO SATERÉ-MAWÉ

Tucandeira: o ritual de iniciação masculina do povo Saterê-Mawé

Tucandeira: o ritual de iniciação masculina do povo Saterê-Mawé

O ritual da tucandeira, realizado pelo povo indígena Sateré-Mawé, é uma forma de iniciação masculina, de passagem da infância para a vida adulta. Uma prática repassada de geração em geração que, mesmo com a pressão da sociedade moderna, se mantém viva.

Por Lúcio Flávio Pinto/Amazônia Real

Considerado pelos indígenas como um ato de força, coragem e resistência à dor, o ritual consiste em vestir uma luva cheia de formigas tucandeiras e resistir por ao menos 15 minutos. Além da representatividade da bravura masculina, o ritual também simboliza uma proteção para o corpo. Segundo a crença dos Sateré-Mawé, a ferroada da tucandeira funciona como uma espécie de vacina.

Durante o ritual, o jovem deve se deixar ferrar no mínimo 20 vezes. Para isso, coloca as mãos dentro da saaripé, uma luva de palha feita pelos padrinhos, que são os tios maternos do iniciante. Durante o ritual, a comunidade toda canta e dança ao lado do adolescente, em especial as mulheres solteiras, que buscam maridos fortes e corajosos.

O ritual começa no dia anterior, com a captura das formigas vivas e com ferrão, com o uso de folhas do caju-branco. Enquanto as tucandeiras são conservadas em um bambu, os meninos têm seus braços pintados com uma tintura preta de jenipapo, feita por suas mães. Em seguida, com um dente de paca, elas começam a riscar a pele dos meninos até sangrar.

No dia da cerimônia, as tucandeiras são colocadas em uma bacia com uma tintura anestesiante de folha de cajueiro. Quando estão ‘adormecidas’, as formigas são postas na luva, com a cabeça para fora e o ferrão para dentro, na parte interna da saaripé. Depois, para voltarem a ficar agitadas, elas recebem uma baforada de tabaco. É quando fi cam prontas para atacar.

Não há um período certo para a realização do ritual: é organizado conforme a vontade de quem deseja ser iniciado.

Fontes:  Verdade Mundial  Portal Amazônia (com edições de Eduardo Pereira)


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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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