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Trabalhadores cruzam os braços por valorização revistaxapuri.info

Trabalhadores cruzam os braços por valorização

Trabalhadores cruzam os braços por valorização

Em Goiás, os últimos anos têm sido dramáticos para os cerca de 45 mil trabalhadores em Educação. A mobilização é permanente, e como lembra a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, “o desrespeito à Lei do Piso, o achatamento da carreira com a extinção da titularidade, a recusa em pagar a data-base dos administrativos, a determinação do Executivo estadual em transferir para Organizações Sociais (OSs) a gestão escolar e a recente decisão do governo de parcelar o pagamento dos salários, dentre outros agravos, trazem enormes preocupações para a categoria”.

Nos últimos anos, os professores goianos vêm acumulando perdas. Em 2012, o governo incorporou a gratificação de titularidade, gerando sérios prejuízos. O percentual chegava a 30% e era pago aos professores com cursos de qualificação. Com a incorporação, as perdas acumuladas são superiores a R$ 30 mil, para os profissionais PIII, e a R$ 40 mil, para os de nível PIV. Para exemplificar, com a titularidade, um professor PIII, letra A, 40 horas, estaria recebendo hoje, após o reajuste de 13,01%, R$ 3.641,27. Sem a gratificação, o salário é de R$ 2.904,45. Isso comprova como o Governo de Goiás promoveu brutal achatamento da carreira e tirou o estímulo à qualificação dos professores.

Por outro lado, o governo não tem reajustado os salários em janeiro, como manda a Lei 11.738/08. Em 2013, o reajuste foi concedido somente em maio, retroativo a janeiro para PI e PII, e restou calote de quatro meses para os professores PIII e PIV. Em 2014, mais quatro meses de calote foram para o ralo. Agora, em 2015, tramita na Assembleia Legislativa Projeto de Lei para que o reajuste só aconteça em agosto, e o calote anunciado é de sete meses. Sobre isso, Bia ressalta: “Mas é bom lembrar que a justiça mandou o governo pagar os quatro meses não reajustados de 2013. Infelizmente, após a secretária de Educação afirmar que o Estado não recorreria da decisão, o recurso foi feito”.

Contra esses abusos, após denúncia do Sintego, o Ministério Público, por meio do Centro de Apoio da Educação e da 53ª Promotoria de Justiça, protocolou ação civil pública, com pedido de liminar, para obrigar o Governo de Goiás a cumprir a Lei 11.738/08 e pagar o Piso salarial, a partir do mês de janeiro “para todos os profissionais do quadro permanente do Magistério Público Estadual da Educação Básica”.

Segundo o governo, a justificativa para tais medidas é de que faltam recursos para a Educação. Mas, em audiência recente com o governador, o Sintego demonstrou, com dados oficiais, que a informação não procede. Em 2014, a verba destinada para a Educação em Goiás foi de R$ 5.549.726.987,70. Neste ano, nos três primeiros meses, o montante foi de R$ 1.284.975.723,82. No mês de abril, só de recursos do Fundeb, a Educação recebeu R$ 164.230.781,37. A folha mensal não atinge R$ 170 milhões. Outro problema apontado pelo sindicato é a gestão dos recursos da Educação pela Secretaria de Fazenda. Legalmente, a tarefa cabe à Secretaria de Educação. Portanto, a greve deflagrada em 13 de maio é, na verdade, um desesperado grito de socorro, porque a situação passou de qualquer limite suportável.

Para agravar ainda mais a situação, recentemente, o Executivo resolveu parcelar os salários dos servidores e realizar os descontos todos na primeira parcela. Com o acúmulo de perdas, os trabalhadores deflagraram greve geral para pressionar o governo e evitar mais prejuízos. Conversamos com educadores de várias cidades goianas, e todos são unânimes em afirmar a falta de compromisso governamental com a valorização profissional e os reiterados descumprimentos das leis que garantem direitos duramente conquistados.

Em Formosa, o professor de História, George Augusto da Silva, do Colégio Estadual Hugo Lobo, explica: “Até o presente momento, não recebemos o Piso salarial, conforme determina a Lei. Tivemos nossa titularidade engolida, nossos salários parcelados, e estamos sob a ameaça de perder outros direitos. Além disso, estamos à beira de sofrer um golpe com o projeto de implantação de Organizações Sociais (OSs) para gerir a Educação de Goiás, o que na prática é privatização e pode sucatear ainda mais a carreira dos profissionais da Educação”.

Joelma Luzardo Gebrim, professora do Complexo 9 de Planaltina de Goiás, declara: “Aqui na minha escola está tudo parado, nos três turnos. Estamos em greve: primeiro, porque queremos nosso pagamento feito de uma vez só, e outra é que a nossa data base é janeiro, o governador apalavrou para maio, não cumpriu”.

Se a situação é ruim para os professores, para os que trabalham na área administrativa é ainda pior. Jerry Alves dos Santos, lotado no Colégio Estadual de Planaltina de Goiás ressalta: “Como auxiliar administrativo, estou querendo meus direitos. Quero o Plano de Carreira. Tenho 20 anos de serviço, sou pós-graduado e não tenho como progredir”.

remuneracao-quadro-permanente-2015Também pertencente ao quadro administrativo, Penha Auxiliadora, da Escola Estadual Dom Emanuel, de Silvânia, acrescenta: “A gente luta, peleja. A gente está conversando com o governo e até agora nada. A gente não tem como aceitar a proposta do governo, que é de pagar o Piso para os professores e fazer a correção da data-base dos administrativos só no segundo semestre”.

Em geral, uma greve busca avanços. Em Goiás, o que se quer é garantir direitos. Nesse sentido, afirmou o professor Sérgio Fernandes, de Cabeceiras de Goiás: “Nossa greve é parte de um processo de luta pelo qual nós, profissionais da Educação, estamos tentando garantir nossos direitos”. A professora Sandra Leite, de Goiânia, explica: “Estamos lutando para não perder direitos e para corrigir injustiças. Nossa greve nem é por novas conquistas, o que seria justo. Estamos em greve pelo cumprimento da Lei do Piso, pelo Plano de Carreira para os administrativos, por concurso público e contra o parcelamento do nosso salário”.

Até o fechamento desta edição, as propostas oferecidas pelo governo foram prontamente recusadas pelo Sintego. “Cada vez que conversamos com a secretária de Educação é um passo atrás. No início do ano, a proposta era pagar em maio; depois, sem nenhuma conversa, o governo mandou Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa querendo pagar em agosto. No dia em que a greve foi deflagrada, foi proposto pagar em julho e, no mesmo momento, a categoria recusou. Na última audiência, o governo piorou o que já era muito ruim, propondo deixar dois meses para 2016. Realmente, o governador Marconi Perillo não respeita e não gosta dos professores”, declara Bia, indignada com o que classificou de “proposta inaceitável, pelo Sintego e pela categoria”.

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Fonte: http://www.sintego.org.br/midias/downloads/11052015152550.pdf
Foto: Nara Serra


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