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Sua Excelência, a Lobeira revistaxapuri.info
SUA EXCELÊNCIA, A LOBEIRA

Sua Excelência, a Lobeira

Sua Excelência, a Lobeira

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Tem muita lobeira aqui nesse nosso quinhão de Cerrado…

Por Zezé Weiss

Algumas entraram o mês julho cheias de frutos. Outras, mais preguiçosas, estão ainda na fase da florescência e nesse momento bordam a poeira da seca com suas lindas flores-estrela, tingidas de violeta. De violeta e de amarelo, que seu miolo é bem dourado, como os ipês de agosto.

Da mesma família do tomate e do jiló, a lobeira (Solanum lycocarpum), arbusto de porte médio, que alcança no máximo cinco metros de altura, produz a fruta-de-lobo, também conhecida por guarambá ou maçã do Cerrado, alimento fundamental para a sobrevivência do lobo-guará, animal símbolo da resistência cerratense.

Grande e redondo como uma fruta-pão, o fruto da lobeira tem um cheiro forte, parecido com o da maçã verde, e, embora comestível, é pouco usado na alimentação humana. Entretanto, raizeiros e raizeiras da região o usam com bastante frequência para produzir remédios caseiros contra o diabetes, a epilepsia e a hepatite.

Embora ainda de modo incipiente, o valor medicinal da lobeira vem despertando o interesse dos meios acadêmicos. Estudos sobre a produção de esteroides de lobeira, matéria-prima de diversos medicamentos, estão sendo desenvolvidos, por exemplo, pela Universidade de Brasília (UnB).

Risoto do Cerrado

http://revistaxapuri.info/abelhas-nativas-abelhas-sem-ferrao/

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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