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Seu Antonio de Paula, patrimônio do Movimento da Floresta revistaxapuri.info

Seu Antonio de Paula, patrimônio do Movimento da Floresta

Seu Antonio de Paula, patrimônio do Movimento da Floresta

Seu Antonio de Paula. Ele tanto era um cidadão consciente, quanto um bom irmão e companheiro…
Antonio Francisco de Paula, embora já tivéssemos conhecido ele com a idade um tanto avançada, ele nos enchia de alegrias nos momentos que caminhávamos juntos nas estradas deste nosso grandioso trabalho indo e voltando aos seringais e aldeias deste lindo Vale do Juruá.

Por Antônio Macêdo

Nas inúmeras viagens subindo e descendo rios, aquele cidadão de idade nos surpreendia muito. Nas madrugadas, quando nossa canoa e barcos maiores nos quais viajávamos  largavam pelas madrugadas dos portos onde pernoitávamos, seu Antonio ocupava o banco da frente da canoa e abria o peito a cantar.
 
Cantava bem e nos animava muito. Ele sempre foi muito firme, claro, dedicado e competente. Saudades de você, velhinho amigo.
 
Ainda hoje mora no Céu e continua torcendo frequentemente, para que nossos trabalhos ocorram e deem sempre certo. Parabéns seu Antonio de Paula. Sua história se contada por quem lhe conheceu é um exemplo sagrado para quem quiser trabalhar e ser um bom irmão.
 
Antonio Macedo – Indigenista acreano. 
 
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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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