Rombo na Previdência: A falácia dos governos
A Reforma da Previdência vem sendo pauta de todos os governos a partir da Constituinte de 1988, que instituiu o sistema de proteção chamado de Seguridade Social, composto pelo tripé Previdência, Saúde e Assistência Social.
Todos, sem exceção, sempre afirmaram que o sistema é deficitário e que por isso é preciso uma profunda reforma, que viria em prejuízo dos trabalhadores.
No governo interino de Michel Temer, a reforma é uma agenda que tem como pilar o aumento da idade mínima e a igualdade entre homens e mulheres e do trabalhador rural.
O projeto-bomba de Temer baseia-se em dados oficiais da Previdência Social encaminhados ao Congresso, onde os “rombos” inventados pelos tecnocratas a serviço dos interesses dos planos privados de aposentadorias, que há muito lutam pela privatização do sistema público.
No governo ilegal, a proposta tomou força e tem todas as condições de ser aprovada por esse parlamento de negocistas e entreguistas.
A falácia de déficit na Previdência tem sido desmentida ano após ano pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), que divulga anualmente a publicação Análise da Seguridade Social, e os superávits são sucessivos, a saber: saldo positivo de R$ 59,9 bilhões em 2006; R$ 72,6 bilhões, em 2007; R$ 64,3 bi, em 2008; R$ 32,7 bi, em 2009; R$ 53,8 bi, em 2010; R$ 75,7 bi, em 2011; R$ 82,7 bi, em 2012; R$ 76,2 bi, em 2013; R$ 53,9 bi, em 2014.
Os números da ANFIP mostram que a proposta de reforma favorece a interesses que não são dos trabalhadores e trabalhadoras, contribuintes e beneficiários do sistema.
O projeto do governo interino, proposto pela CNI e pela Fiesp, busca enfraquecer e desmoralizar o modelo público que atende 32,7 milhões de benefícios, incluindo 9,7 milhões de aposentadorias por idade, 7,4 milhões de pensões por morte, 5,4 milhões de aposentadorias por tempo de contribuição e 3,2 milhões de aposentadorias por invalidez, entre outros.
Com os valores distribuídos pela Previdência Social, corresponde a economia de boa parte dos municípios brasileiros, para sua sobrevivência.
Aliada à reforma da Previdência, o governo Temer, de forma criminosa, quer a aplicação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que retirou cerca de 63,1 bilhões da Seguridade Social nos últimos tempos, em prejuízo dos segurados.
Diante disto, resta aos trabalhadores organizados travar a luta contra a proposta de impeachment, que é o atalho para destruir as conquistas dos trabalhadores.
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