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Céu azul, nuvens brancas a perderem-se na imensidão circular do infinito horizonte… E eu caminho entre lembranças, pisando em rosas secas, que ninguém se deu conta de sua beleza enquanto delas exalava o sopro perfumado da natureza…
Por Jairo Lima/via Cartas para Alice
Querida Mãe de Copas…
Tudo está tão quieto neste mundo de inquietudes que me cerca.
Olho ao redor enquanto caminho e, na visão escarlate que as janelas do mundo me apresentam o existir, vejo-me sozinha, onde, antes, muitos se imprensavam em acotovelamentos da existência diária. Ruas vazias, o não-existir em meio a existência…
No meu solitário passear vejo rostos em janelas, com olhos devorando-me em êxtase desenfreado de quem deseja a inquietude do existir, por não suportar o confinamento da existência num espaço e momento solitário de contemplação de si mesmo…
Será que estão se olhando no espelho, desejosos de atravessá-lo? Vontade estaque me domina a cada segundo em que pulsa meu existir, a cada gota de existência que flui do meu ser… Paredes amarelas, sons silenciosos escapam do balé involuntário das folhas que a suave brisa acaricia, e eu caminho entre poeiras e desolação da existência já irrefletida nesse espelho tosco, que todos acreditavam estar translúcido como águas de puro cristal, ao refletir a pureza solar da luz maior que a todos cobrem a cada dia
Estou sendo mórbida em meus pensamentos? Não creio! Talvez só um pouco sombria, mas, de que nos adiantaria a alegria que inebria, se acaso as sombras por vezes não nos tomassem a razão ou o espírito?
Céu azul, nuvens brancas a perderem-se na imensidão circular do infinito horizonte… E eu caminho entre lembranças, pisando em rosas secas, que ninguém se deu conta de sua beleza enquanto delas exalava o sopro perfumado da natureza…
Pessoas se veem e afastam-se, caminhando para a solidão imposta pelo medo… E eu caminho entre o torpor dos pensamentos distantes e a indiferença, como se estivesse diante de um grande mar infinito, a contemplar aquilo que não se vê, mas, se sente…
Algo presente, mesmo que intangível… Olho para cima e vejo os seres alados do mundo, voando e cantando suas melodias… E eu caminho entre mundos, sem saber em qual deles realmente existo…
Sei que minhas linhas ‘soam’ sem sentido aos teus olhos, mas, de que vale o sentido quando este não apresenta o que realmente queremos expressar?
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.
Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.
Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.
Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.
Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.
Zezé Weiss
P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!
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