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Políticas públicas de esporte: Vivendo e aprendendo a jogar revistaxapuri.info

Políticas públicas de esporte: Vivendo e aprendendo a jogar

A busca de formas possíveis de justiça e igualdade, liberdade e ao mesmo tempo de individualidade, implica uma relação complexa, difícil de resolver.

Exercitar a cidadania globalizada sem perder de vista o entorno exige olhar a cidade não apenas como um espaço físico, mas como lugar onde circulam pessoas, ideias, saberes. A cidade é o lugar onde as culturas, o imaginário e a ideia de cidadania devem ser pactuados.

O senso comum com ausência de criticidade nos leva a ver o esporte como bom em si mesmo, como idioma universal acima de conflitos sociais e políticos, espaço de harmonia e convivência pacífica.

Desconsidera-se que o desmonte do Estado e as pressões para reformular as responsabilidades com as questões do esporte e do lazer fazem parte de um modelo societário que valoriza a indústria cultural e a esporte mercadoria.

Essa concepção originária da superficialidade é que, em geral, define a linha de orientação que estrutura e organiza as políticas públicas esportivas sem considerar que estas podem ser semente de autonomia e emancipação.

Esporte, lazer e cidadania podem se configurar não para apenas em espaço e tempo repor as forças para o trabalho, mas para animar, vibrar a vida e a alma.

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A cidadania associada à atividade esportiva e de lazer pode encaminhar outras possibilidades de construção de um sujeito com condições de se expressar e de se apropriar das suas circunstâncias espaciais e temporais.  O corpo é capaz de criar espaços de resistência e construção do novo, fortalecendo o cidadão objetiva e subjetivamente.

Atividades esportivas são importantes para a apreciação estética do mundo, para entender outras formas de expressão a partir da linguagem corporal, diferentes formas de pensamento e de relações sociais, levando ao enriquecimento do potencial das pessoas.

Atividades esportivas planejadas, organizadas e articuladas com e nas comunidades possibilitam o questionamento daquilo que se diz e pensa sobre as brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas, fugindo de fontes limitadas de informação, daquilo que veem e ouvem dos amigos, familiares e nas mídias.

Possibilitam entender, por exemplo, o contexto da Copa do Mundo, da Olimpíada, da Paralimpíada; inclusive as mudanças ocorridas na cidade, quem foi beneficiado e quem foi prejudicado por esses grandes eventos.

É dever dos entes federados, especialmente o municipal, estabelecer uma política de esporte e lazer que vise a uma consciência desportiva.

Criar condições para que os diferentes segmentos sociais, especialmente os mais desprotegidos se reúnam e debatam, propicia a assunção da vida comunitária e que as horas de lazer sejam aproveitadas para fortalecimento das relações, pois uma das funções sociais do esporte é a capacidade de mobilização e de convivência que encerra em si mesmo.

A primeira grande tarefa é inserir esporte e lazer como ação transversal, pois envolvem saúde, turismo, meio ambiente, educação, cidadania. A partir do debate cooperativo, podem ser organizadas diferentes ações, com abrangências diversificadas.

Quadras, campos, praças, parques, pistas de skate, ciclovias, centros comunitários, clubes, são espaços fundamentais para implementação de atividades esportivas e de lazer. Estruturar equipamentos esportivos nas escolas é fundamental.

Além de ampliar as possibilidades dos estudantes, a comunidade pode ser incluída na utilização de quadras esportivas e espaços multiusos, sentindo-se também responsável por eles.

Inúmeros programas e ações podem ser implementados considerando diferentes públicos: crianças, jovens, idosos, pessoas com deficiência. Inaugurar no município projetos que contemplem as diferentes modalidades que culturalmente são praticadas, como futsal, vôlei, futebol, natação, handebol, judô, karatê, capoeira, tai-chi-chuan, ginástica artística, ciclismo, atletismo, corrida, caminhada, dança, xadrez, dama, dominó, são alguns exemplos de ações que podem ser organizadas em inúmeros programas: ruas do lazer, vem dançar, fins de semana temáticos, virada  do esporte e lazer, ciclismo noturno, passeio no campo, torneios, campeonatos, esporte e meio ambiente.

O momento vivido no Brasil se expressa em todos os aspectos da vida nacional. A cada dia vemos mais distantes as transformações sociais que poderiam nos levar à cidade que queremos, onde cidadãos livres, autônomos, saudáveis e criativos circulam, agem, interferem, decidem.

No esporte o desmonte não é diferente. Da criação do Ministério do Esporte e fortalecimento de seus programas, passando pela euforia do anúncio da realização da Copa do Mundo, das Olimpíada e Paralimpíada no Brasil, chegamos à proposição de uma reforma do ensino médio onde, dentre outras matérias como Sociologia e Filosofia, a Educação Física deixa de ser obrigatória.

Retiram-se os estímulos às atividades esportivas comunitárias, de formação, de educação. Deixa-se para o mercado e para instituições públicas ou não a responsabilidade apenas para com o esporte de alto rendimento. Os esportes temáticos que levam ao entendimento de contextos e à interação social e cultural são desprezados.

Afinal, quanto mais isolados, atrofiados, inativos, acomodados estiverem os cidadãos, mais facilmente se destrói um país. Considerado como fenômeno social e político capaz de influenciar transformações culturais, por suas inúmeras possibilidades em relações ativas, dinâmicas, de ludicidade e criatividade, o esporte é elemento de satisfação dos direitos da cidadania. Atividades esportivas para além de corporais trazem condições sociais objetivas e subjetivas por meio de novas formas de estar junto, tornando a cidade espaço de convivência.

As esferas governamentais, especialmente a municipal, têm papel fundamental no planejamento do espaço urbano numa perspectiva de resistência à reprodução social, de contraponto à lógica mercantilista.

Para tanto, destaca-se a importância do debate transversal e social para construir diretrizes para políticas públicas.  Isso exige ultrapassar a tradição autoritária e chegar a uma concepção democrática do esporte que valorize a participação ativa e considere os interesses dos setores socialmente constituídos no município.

Afinal, a verdadeira função social do esporte cumpre-se no momento em que este é fonte de prazer e de saúde, é agente de mobilização e de transformação, torna-se um direito de todos.

Mudar o mundo a partir da aldeia.

A cidade é da cidadania!

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