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Polícia joga bombas gás no Acampamento Terra Livre revistaxapuri.info
Polícia joga bombas de gás lacrimogênio nos índios do Acampamento Terra Livre
Brasília - Índios fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios (Wilson Dias/Agência Brasil)
Brasília - Índios fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios (Wilson Dias/Agência Brasil)

Polícia joga bombas gás no Acampamento Terra Livre

Polícia joga bombas de gás lacrimogênio nos índios do Acampamento Terra Livre

Uma Marcha Indígena pacífica, com cerca de três mil participantes, incluindo centenas de crianças, mulheres e pessoas idosas, foi atacada pela Polícia Militar na tarde deste 25 de abril em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.

Ao tentar colocar cerca de 200 caixões de papelão no espelho d`água do Congresso, representando as dezenas de lideranças indígenas assassinadas em decorrência de conflitos agrários nos últimos anos – 54 somente no ano de 2015, segundo o Conselho Indigenista Missionário  (Cimi), a marcha foi confrontada  com bombas de gás lacrimogênio.

“Os caixões representam nossos parentes assassinados pelo latifúndio e pela política anti-indigenista dos que querem acabar com nossos direitos constitucionais,” disse Sonia Bone Guajajara, coordenadora nacional da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, entidade corresponsável pela organização do protesto.

Usando pinturas e trajes de suas etnias, além dos caixões, os e as participantes caminharam carregando faixas com dizeres como: Não ao retrocesso dos direitos indígenas”, “Retire os madeireiros das terras indígenas”, e “Demarcação, Já!”

A Marcha Indígena fez parte do Acampamento Terra Livre 2017, a mobilização nacional indígena que, em sua décima quarta edição, se reúne anualmente em Brasília, no mês de abril, para exigir do governo brasileiro o cumprimento dos direitos constitucionais dos povos originários.

Em 2017, as principais reivindicações da Mobilização Nacional Indígena são:

  • A retomada da Demarcação das Terras Indígenas;
  • O fim da política de desmonte da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, pelo governo Temer.
  • O combate ao avanço da mineração em áreas indígenas, principalmente na Região Norte.

O Acampamento Terra Livre manterá suas atividades políticas e culturais em três turnos – manhã, tarde e noite, até o dia 28 de abril. Há também uma grande diversidade de artesanato indígena trazido pelos participantes e disponível para venda.

O ATL conta com a doação generosa de alimentos pela  população de Brasília e região para cuidar das delegações vindas de todas as regiões do Brasil. As doações devem ser entregues no próprio acampamento, na Tenda da Produção.

Polícia joga bombas de gás lacrimogênio nos índios do Acampamento Terra Livre
Brasília – Índios fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios (Wilson Dias/Agência Brasil)

Fontes originárias desta matéria: APIB, EBC e Zezé Weiss, editora da Xapuri, diretamente do Acampamento Terra Livre.

Polícia joga bombas de gás lacrimogênio nos índios do Acampamento Terra Livre
Brasília – Índios fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios (Wilson Dias/Agência Brasil)

Foto: Acervo APIB

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!


 

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