Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Ora-pro-nóbis: bife de pobre revistaxapuri.info

Ora-pro-nóbis: bife de pobre

Ora-pro-nóbis: bife de pobre

Por Eduardo Pereira

Ora-pro-nóbis é um desses cipós rústicos e espinhentos que toda criança de roça conhece. Abusado, sobe pelas cercas, se gruda nas árvores, cobre muros e se aventura pelos telhados de todo o continente americano, do sul dos Estados Unidos até a Argentina.

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

No Brasil, a Pereskia aculeata, cactácea trepadeira conhecida como ora-pro-nóbis (do latim ora pro nobis: “ora por nós”), orabrobó, lobrobó ou lobrobô, ocorre em abundância desde o Maranhão até o Rio de Janeiro, especialmente nas regiões de clima mais seco.

Diz a lenda que essa PANC (planta alimentícia não convencional) passou a ser chamada de ora-pro-nóbis em Minas Gerais, onde um padre costumava rezar ladainha em latim, repetindo o refrão ora pro nobis, a cada santo citado, enquanto colhia as folhas da planta no quintal. Daí, os vizinhos, e logo mais e mais pessoas, deram nome à trepadeira comestível com a fala do padre.

 

Talvez seja por essa razão que o uso do ora-pro-nóbis como alimento seja mais frequente em terras mineiras, onde da planta tudo se usa: folhas, flores e frutos (pequenas bagas amarelas), em receitas variadas, que incluem saladas, sucos e refogados, e das quais a mais conhecida é a do famoso frango caipira com ora-pro-nóbis.

Super rica em proteínas, lipídio, cálcio, fósforo, ferro, vitamina C e fibras, em várias regiões do sertão brasileiro a Pereskia aculeata é conhecida como bife ou carne dos pobres. Em Minas Gerais, há tempos se usa o ora-pro-nóbis cozido no feijão, preferencialmente em panela de ferro, para tratar as anemias.

Por essa razão, nutricionistas defendem o uso da planta como um excelente complemento alimentar para a alimentação orgânica porque, além de seus valores nutricionais e proteicos, ela sobrevive tanto no sol como na sombra, e, principalmente, cresce por conta própria, com pouca exigência de água.

 

Eduardo Pereira – Sociólogo

 

Slide 1

HORA DE VESTIR A CAMISA DO LULA

CONTRIBUA COM A REVISTA XAPURI
PIX: contato@xapuri.info

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

 

 
[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.