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A lenda do boto cor-de-rosa revistaxapuri.info
A lenda do boto cor-de-rosa

A lenda do boto cor-de-rosa

A lenda do boto cor-de-rosa

Diz a lenda que durante as festas juninas, às margens dos grandes rios da Amazônia, enquanto as comunidades ribeirinhas celebram Santo Antônio, São João e São Pedro dançando quadrilhas, o boto cor-de-rosa aparece causando confusão entre as famílias que vivem na floresta.

Parecido com o golfinho marítimo, o boto cor-de-rosa sai da água doce dos rios transformado em bonito e sedutor dançarino, sempre de roupa, sapato e chapéu brancos. A diferença dos jovens da região, além das roupas finas, é que o chapéu do boto esconde um grande orifício, que é por onde ele respira.

A lenda do boto cor-de-rosa

Mesmo com esse detalhe, o rapaz atraente, que ninguém sabe de onde vem, costuma seduzir uma das moças mais bonitas da festa, levá-la com ele até o fundo do rio e, ao amanhecer, abandoná-la grávida.

Por essa razão, quando um jovem diferente aparece de chapéu nas festas ribeirinhas da Amazônia, em geral pedem para que ele tire o chapéu, certificando-se, assim, de que não é um boto. Mas reza a lenda que o boto é sorrateiro e que, algumas vezes, consegue enganar muita gente em uma festa.

É dessa lenda que surgiu o costume de, entre as comunidades amazônidas, quando uma mulher engravida e não se conhece o pai, dizer que a criança é filha do boto.

https://revistaxapuri.info/lei-maria-da-penha-10-anos-cumpra-se/

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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