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O papel da chuva é chover! revistaxapuri.info

O papel da chuva é chover!

O papel da chuva é chover!

Chamam a isso de desastres naturais. E sabem quem é apontada como responsável por essas imagens do inferno?

Entra ano, sai ano, cidades sofrem grandes inundações e, em algumas, pedras e argila dos morros deslizam, destruindo total ou parcialmente as vidas de milhares de cidadãos, cidadãs e animais dito irracionais. Chamam a isso de desastres naturais. E sabem quem é apontada como responsável por essas imagens do inferno?

Por José Augusto Valente via Brasil 247

Acreditem, a chuva!!!Como qualquer criança sabe, o papel da chuva é chover, com maior ou menor intensidade e volume d’água, mas seu papel é chover. E esse papel é importante para garantir a manutenção da vida animal e a produção de alimentos e flores, entre muitas outras coisas boas.
Mas a chuva não tem culpa se governos – municipais, estaduais ou nacional – criam ou permitem situações que impedem que as águas da chuva possam se infiltrar nos solos – arenosos em maior ou menor grau –, percolando dignamente para formar os lençóis freáticos, fundamentais para a vida dos animais e vegetais deste planeta.
A chuva também não tem culpa se governantes criam ou permitem situações que impedem que as águas das chuvas possam abraçar e beijar longa e demoradamente as árvores, matas, flores e macegas – joias raras nas cidades –, e com isso impedir que seus elevados volumes de água se desloquem na velocidade da luz, ladeira abaixo.
A chuva, menos ainda, tem culpa se governantes criam ou permitem situações que estimulem que elevados volumes das suas águas, ao cair nas ruas, telhados e outras superfícies impermeáveis, se desloquem com muita rapidez para rios e canais, que não têm capacidade para levar esses pequenos oceanos ambulantes até lagos ou oceanos, na mesma velocidade com que os recebem.
Finalmente, mas não menos importante, que culpa tem a chuva, se os governantes criam ou permitem situações que facilitam o represamento de suas águas nos maciços terrosos, provocando forte pressão de dentro pra fora, que vai gerar os enormes deslizamentos de terra e pedra?
Digo e repito, o papel da chuva não é governar, mas chover. Já o papel dos governantes não é chover, mas governar, fazendo umas poucas coisas, para garantir a segurança e qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs:
 
  • A concentração de pavimentos e telhados precisa ser evitada e reprimida, por mais impopular que esta medida seja. A água da chuva é chegada a se infiltrar e se dirigir aos lençóis freáticos. Para isso, precisa da ajuda dos governantes, que devem evitar a constante impermeabilização que ocorre em grande escala nas cidades. 
  • Já o excesso de árvores, matas e macegas é totalmente desejável, de preferência junto às ruas e residências. Afinal, a chuva não tem a mínima pressa de chegar aos rios, lagos e oceanos.
  • Embora não dê um voto, nas eleições, é vital a construção de valas e valetas, bem como a colocação de tubos, que impeçam que as águas encharquem os maciços de terra e pedra – especialmente os colúvios –, mantendo-os estáveis.
 

www.brasil247.com - Chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro

Chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro (Foto: ABr | Reuters
Foto de Capa: Tania Rêgo/Agência Brasil 

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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