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O colar de ossos do presidente xauara revistaxapuri.info

O colar de ossos do presidente xauara

O colar de ossos do presidente xauara
 

“O adorno – colar – escolhido por Bolsonaro diz muito. Entre os Ameríndios, há aquilo que a literatura etnológica chama de Predação – quando você preda – captura – os atributos físicos ou espirituais do Outro para si.

Não raras vezes, os atributos do Outro – humanos e extra humanos – quando capturados ou predados tornam-se evidência para quem capturou, desta forma, sendo adornado em si ou utilizado em outras práticas rituais.

Como Bolsonaro não pratica o pensamento de Predação Ameríndia e sim o pensamento de Predação Capitalista, a mensagem dele é EVIDENTE: Bolsonaro apresenta um colar de ossos, e nós, humanos findados no capitalismo, sabemos bem o que ossos representa – A MORTE.

Bolsonaro poderia ter escolhido um outro colar do grupo Kalapalo (que a guria ali do lado diz pertencer), mas não, ele não escolheu um colar de miçanga colorido xinguano, ele escolheu o primeiro que representa expôr a morte – ossos – para nós “ocidentais” e enfiou no pescoço. Um troféu entre caçadores.

O recado é claro: NÃO HAVERÁ UM CENTÍMETRO DE TERRA INDÍGENA DEMARCADA! Morte a todos!”

Fonte: Facebook de Gleice Antonia de Oliveira

Nota: Para o líder indígena Davi Kopenawa, do Povo Yanomami, o presidente do Brasil é um Xauara – uma pessoa que tem o pensamento adoecido.

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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