Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Multa de Trânsito: Dói, mas funciona e salva revistaxapuri.info
Trânsito

Multa de Trânsito: Dói, mas funciona e salva

Os gestores das grandes cidades brasileiras assumiram seus mandatos neste 1º de janeiro com a responsabilidade de enfrentar o grave passivo da morbimortalidade no trânsito urbano brasileiro em caráter de urgência, mas não possuem um mínimo de coerência quando o caso exige decisão. Ou melhor, sabem o que fazer, mas dissimulam rumo ao discurso vazio, quando não imputam fortuidades ou coisas do gênero para explicar essa desgraça nacional.

Trata-se de omissão explícita, pois está na ação política dos prefeitos a resposta mais adequada pra que resultados apareçam o quanto antes, afinal predominam nas cidades a ocorrência desses adversos números.

Dados divulgados pelo relatório intitulado “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, fechado com números de 2014, dentre outros fatores determinados, indicam, por exemplo, que o excesso de velocidade e o avanço de semáforo nas cidades estão entre os dois mais indiscutíveis fatores que justificam a maioria das 45 mil mortes/ano e aproximadamente 200 mil feridos graves/ano.

Ao que consta da legislação vigente, quem define as políticas públicas de estrutura e circulação viárias são as Prefeituras. Controlar a velocidade dos veículos e inibir os avanços de semáforos são atribuições do órgão executivo municipal de trânsito. E somente há uma solução de curto prazo pra estancar essa sangria desatada: reduzir e controlar as velocidade dos veículos, e fiscalizar rigorosamente os avanços de semáforos. Não há segredo, o conceito é universal e onde foi adotado, sem demagogia ou devaneios, deu certo!

Vivo exemplo desta política é a Rua 90 (Goiânia), reconhecida como via pública modelo de “traffic calming” nos vários fóruns de debates nacionais sobre violência no trânsito. Medidas adotadas pela gestão de Pedro Wilson em 2003/2004, com fiscalização rigorosa, pouparam a vida de oito pessoas/ano com redução de feridos em 280/ano para 16/ano.

A cidade de São Paulo igualmente experimenta desde 2014 essa estratégia quando a gestão do prefeito Fernando Haddad interveio nas marginais Tietê e Pinheiros. Formulação, implementação, monitoramento e avaliação, articuladas, comprovaram com números inquestionáveis que a fiscalização eletrônica foi elemento fundamental para que as velocidades reduzidas fossem respeitadas e, consequentemente, excelentes resultados fossem alcançados: 74% de redução de mortes e lesões em dois anos.

O que há em comum nesses dois exemplos? Prefeitos que sucederam essas duas gestões, respectivamente em 2005 e 2016 com discursos fáceis de campanha eleitoral contra a pretensa “indústria da multa” ameaçaram retomar as velocidades anteriores e relativizar a fiscalização eletrônica. No caso de Goiânia, ficou na ameaça. No caso de São Paulo, assistimos à encruzilhada do prefeito João Dória entre dar satisfação às suas demagógicas promessas de campanha e reconhecer que os números são infalivelmente favoráveis à proteção da vida.

Excesso de velocidade é um dos principais problemas de segurança viária, todos o sabem. A Organização Mundial da Saúde/OMS, com base em estudos de engenharia de trânsito e experiências avaliadas mundo afora, estima que a redução em 5% na velocidade média dos veículos leva a uma queda de 10% nos acidentes envolvendo lesões e à redução de 20% nos impactos com óbitos.

Fiscalização eletrônica em cruzamentos semaforizados, igualmente comprova redução em 90% de acidentes viários urbanos.

Importante anotar que substantiva parte dos recursos destinados à saúde e previdência públicas é absorvida pelo atendimento de urgência e reabilitação de acidentados no trânsito. Em 2003, o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas/Ipea e a Associação Nacional de Transportes Públicos/ANTP descobriram que os impactos socioeconômicos dos acidentes em vias municipais custam em média 110 mil reais para cada óbito e 14,2 mil para cada vítima lesionada.

Esses valores, corrigidos para 2013 a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e multiplicados pelo número de vítimas, chegam ao total próximo de 16,2 bilhões/ano, dos quais 10,7 bilhões com óbitos e 5,4 bilhões com feridos. Para efeito de comparação, conforme o relatório “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, esses custos são tão elevados que somente 35 dos mais de 5.500 municípios brasileiros possuem PIB superior a 16,2 bilhões.

É fato! A curto prazo o cometimento de infrações deve ser enfrentado urgente e permanentemente por tecnologias que permitam ao Estado cumprir com eficiência o seu dever de inibir condutas irregulares de motoristas perigosos, se não para restringi-los na liberdade quando cometem crimes, ao menos se lhes ameaçando as economias, quando cometem infrações gravíssimas que levam à morte milhares de pessoas.

O remédio dói. Mas funciona e salva!

 

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.