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MST entrega cestas básicas para mulher humilhada revistaxapuri.info

MST entrega cestas básicas para mulher humilhada

MST entrega cestas básicas para mulher humilhada por bolsonarista

Após ser humilhada em vídeo por bolsonarista, Ilza Ramos reafirmou o voto em Lula para presidência…

Por Mídia Ninja

Desde que viralizou o vídeo da diarista Ilza Ramos Rodrigues, 52, sendo humilhada por um apoiador de Jair Bolsonaro (PL), no sábado (10), se negando a fornecer marmitas após descobrir a sua intenção de voto, uma onda de solidariedade prestada a ela incluiu desde manifestações de políticos e figuras públicas à doação de cestas básicas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que se comprometeu a fornecer mantimentos para Ilza por seis meses.

“Ela é Lula [PT]. A partir de hoje não tem mais marmita”, disse o empresário Cassio Cenali, gravando a cena. “A senhora peça para o Lula agora, beleza?”, continuou. O episódio viralizou depois de ser divulgado pelo portal Jornalistas Livres.

Neste domingo (11), a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, entrevistou a diarista que mostrou os alimentos recebidos pelo MST e acomodados em sua cozinha. “Hoje mesmo eu não tinha o que comer”, declarou à colunista. A diarista diz que não gosta de ver o vídeo em que mostra ela sendo humilhada

“Fiquei sem ação. O jeito que ele falou mexeu com a minha mente, não é brincadeira. O que ele fez foi me humilhar. Só porque ele tem dinheiro, tem o carrinho dele, ele quis me humilhar com essa ação. Eu não posso nem ver [o vídeo]”, diz Ilza à coluna, encobrindo seus olhos com as mãos. “Mexeu muito no meu psicológico.”

Questionada se pretende repensar seu voto no ex-presidente Lula após o episódio com o empresário, a diarista confirmou que irá votar no petista. Ela comemorou o fato de Lula ter prestado solidariedade a ela. “Menina, eu queria tanto falar com ele”, afirmou Ilza. “Se eu pudesse, até abraçava”, emendou, gargalhando.

Encontrada
Após o vídeo viralizar, a identidade de Ilza Ramos Rodrigues veio à tona por meio da página Iconografia da História, que acumula 163 mil seguidores no Instagram. Seu criador, o cientista social Joel Paviotti, publicou uma foto dela e de parte de um documento comprovando a sua identidade. Na legenda, escreveu: “Encontramos!”

“Quando tive acesso ao vídeo do homem constrangendo aquela pobre senhora, coloquei o canal à disposição de algum familiar, e a Ayume apareceu. Pedimos uma verificação, ela mandou foto da tia e da documentação dela, permitiu a divulgação e colocamos dona Ilza no ar. A publicação gerou uma grande corrente do bem”, diz o cientista social à coluna.

Paviotti foi procurado por Ayume Ramos, sobrinha da diarista, que seguia a página e viu o vídeo de sua tia. Após se identificar nos comentários e passar o pix de Ilza, atendendo a pedidos, ela afirma ter se tornado alvo de ataques e ameaças. “Teve gente falando que era golpe, que eu ia para a cadeia. Entrei em desespero.”

“O mal que ele fez, Deus transformou em bênção”
Ilza afirmou para a colunista Mônica Bergamo que começou a receber as marmitas durante a pandemia de Covid-19. Elas eram enviadas por um senhor para o qual prestava serviços de faxina, morto recentemente. “Não tinha nada de eleição, era o coração dele”, conta. Desde então, as quentinhas passaram a ser levadas até a sua casa pelo empresário Cassio Cenali, a quem ela diz mal conhecer.

“Ele trazia [as refeições] todas as quartas. Ficava para mim e dava para duas famílias. Esse homem que eu não esperava, eu nem sabia o nome dele, entregava e ia embora. Até que na semana passada ele mandou eu segurar a caixa com a mão: ‘Dona Ilza, vou gravar’”, diz.

“Pensei que ele ia gravar para uma ONG, até falei: ‘Nossa, moço, tô tão mal arrumada’. ‘Mas não tem problema’ [respondeu o empresário]. Na hora ali, ele começou: ‘É Bolsonaro’. Fiquei com a caixa na mão. E ele gravando, na minha cara”, continua.

Ela conta que temeu ser exposta desde o momento em que foi abordada pelo apoiador do presidente da República. “Fiquei desesperada, fiquei nervosa. Liguei para a minha irmã: ‘Você não sabe o que aconteceu. Ele vai pôr a minha imagem no Face, vão tirar sarro de mim’.”

Num primeiro momento, a diarista acabou sendo tranquilizada por familiares. Uma delas era a balconista Rosana Ramos Rodrigues, sua irmã. “Achei que ele não ia fazer isso porque ia dar ruim. As pessoas não iam gostar, ele estava negando alimento para o mais humilde”, afirma.

Neste domingo, o empresário Cassio Cenali foi às redes sociais para se retratar, porém Ilza afirma que não recebeu um pedido de desculpas do empresário pessoalmente até a publicação do texto pela colunista. Cenali é morador de Itapeva, empresário e atua no ramo agropecuário.

A diarista conta que tenta digerir todos os acontecimentos das últimas 24 horas. “Estou paralisada”, diz. “Mas Deus é tão bom que, o mal que ele fez, Deus transformou em bênção. Tanta gente no mundo inteiro que está vendo e me dando carinho.”

Solidariedade
O MST se solidarizou com Dona Ilza Ramos, de Itapeva, e preparou uma cesta de alimentos da reforma agrária, produzidos pelas famílias assentadas, entregue neste domingo. A regional de Itapeva do MST informou que manterá a entrega de cestas nos próximos seis meses para Ilza a sua família.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, por meio das campanhas de solidariedade, o MST doou mais de 7 mil toneladas de alimentos e 2 milhões de marmitas para pessoas e famílias inteiras em situação de fome e insegurança alimentar em todas as grandes regiões do país.

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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