Eu preciso do teu afeto
Por Letícia Bartholo
Eu preciso do teu afeto
Porque a democracia se rompeu
os conservadores tomaram
o poder
e a desesperança do povo
me abate a alegria.
Preciso do teu afeto
porque no reflexo dos teus olhos
de vagalume
me vejo profundamente doce
vagarosamente bela
ligeiramente beat…
Preciso da tua boca
que me fala coisas do mundo
E do teu silêncio – mesmo quando
nada me consente
Eu preciso do teu afeto
A cada negro pobre assassinado
pela polícia
A cada mulher morta pela mãos
do companheiro algoz
A cada amor que se acaba
Na banalidade de um chope na
esquina de cima
Eu preciso do teu afeto
Porque esse poema
Rouco, torto e engasgado
Precisa aprender a gritar.
ANOTE AÍ:
Texto: Letícia Bartholo. Socióloga. Adora Benedetti e bocas que gritam rebeldia.
Arte: Daniel PXEIRA. Sociólogo. Rabiscador de sonhos e resistências.
Você sabia?
Femicídio ou feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero, amplamente definido como o assassinato de mulheres, mas as definições variam dependendo do contexto cultural.[1] A autora feminista Diana E. H. Russell foi uma das primeiras a usar o termo e atualmente define a palavra como “a matança de mulheres por homens, porque elas são mulheres”. Outras feministas colocam ênfase na intenção ou propósito do ato que está sendo dirigido às mulheres especificamente porque são mulheres; Outros incluem a morte de mulheres por outras mulheres.[2]
Há autoras e autores que se baseiam na terminologia usada por Jill Radford e Diana Russel, em Femicide: The Politics of Woman Killing, de 1992. [4] Marcela Lagarde, antropóloga e feminista mexicana, utiliza a categoria feminicídio, que significa assassinato de mulheres (termo homólogo ao homicídio), mas acrescentando a ele uma significação política: a de genocídio contra as mulheres.[5]
O feminicídio constitui uma categoria sociológica claramente distinguível e que tem adquirido especificidade normativa a partir da Convenção de Belém do Pará, a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, adotada pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 09 de junho de 1994 e ratificada pelo Brasil em 27 de novembro de 1995. (Fonte: Wikipédia)
https://revistaxapuri.info/elizabeth-teixeira-resistente-da-luta-camponesa/