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Intercâmbio e força política do movimento Indígena revistaxapuri.info
INTERC MBIO E FORÇA POLÍTICA DO MOVIMENTO INDÍGENA

Intercâmbio e força política do movimento Indígena

Terra Inídgena Yanomami – 30 anos: Intercâmbio e força política do movimento Indígena

Em 1989, meu pai Paulinho Paiakan, grande líder do povo Kayapó, visitou a aldeia Demini, na Terra Indígena Yanomami, para fortalecer a luta do povo Yanomami pela homologação de sua própria Terra Indígena que, ao final, ocorreu em 25 de maio de 1995…

Por Maial Kayapó

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Agora, 33 anos depois, aqui estou eu, depois da fase aguda da pandemia da Covid-19, nesta mesma Terra Indígena Yanomami, na Xehobi, fazendo o mesmo caminho irmão e solidário de meu pai, para celebrar não só a conquista do território, mas também a imensa capacidade de luta e resistência do povo Yanomami.

No passado, líderes como meu pai, Ailton Krenak e Davi Yanomami construíram com Chico Mendes e outras lideranças extrativistas uma grande Aliança dos Povos da Floresta para defender os direitos de todos os nossos povos. Nossos pais e mães fizeram bonito e nos deixaram um grande legado.

Hoje, a história exige que nós, jovens, em especial das três nações indígenas mais afetadas pelo garimpo ilegal na Amazônia – Yanomami, Munduruku e Kayapó –, que a gente se junte outra vez em uma grande Aliança dos Povos da Floresta para defender os direitos da nossa geração e das gerações que virão depois de nós.

Para mim, foi muito emocionante estar com Davi e com seu filho Dário Yanomami nesta grande celebração na floresta.  Em especial, foi lindo ouvir de Davi: “Maial, aqui é sua casa, aqui é seu povo também. Eu sou seu pai também, estamos juntos na luta forte e estamos aqui para nos apoiar”.

Agradeço, Davi. Você e eu meu pai sempre me ensinaram que nossa luta está ligada à ancestralidade, em uma luta que nunca acaba. Nós, filhos, filhas, netos e netas de grandes líderes como você e meu pai, seguiremos em luta por dias melhores para os dias da floresta.

 

Maial Kayapó – Jovem liderança indígena, filha do grande líder Kayapó Paulinho Paiakan, representante do Instituto Paiakan.

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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