Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Ideias para lutar contra o fascismo revistaxapuri.info

Ideias para lutar contra o fascismo

Ideias para lutar contra o fascismo

Leitura importante para entender o Brasil e pensar estratégias para superar o horror que o país virou.

“É o povo que está elegendo o fascismo. Se não fosse esse militarzinho bunda suja, seria outro. Pesquiso o brasileiro há 25 anos. Já fiz pesquisas presenciais de norte a sul do País e atesto que o brasileiro médio “é isso aí”.

Quando a tendência da diversidade chegou, ela veio “de fora para dentro”, é uma tendência mundial, pegou a parte mais desenvolvida da sociedade, que não deve chegar a 5% – não falo de nível econômico, falo de nível cultural – e pegou o pink money da comunidade LGBTQ. Mas quem estuda tendências socioculturais sabe que uma coisa é a tendência que vem de fora, e outra coisa é sua assimilação de acordo com os valores e tendências emergentes de um grupo, ou povo.

Pois bem, há uns 7 anos entrevistei grupos de jovens homens que diziam que “não dá pra namorar hoje em dia porque só tem puta”, e grupos de jovens mulheres que “queriam casar virgem, porque a mulherada hoje não se respeita”, que acham que “não dá pra trabalhar e ser mãe e esposa ao mesmo tempo”. Isso é o brasileiro médio – homens e mulheres machistas, racistas e homofóbicos.

Entrevistei adolescentes que diziam ter medo de ir em baladas, pois “os caras não aceitam quando você não quer ficar com eles e te agridem”. Entrevistei jovens homossexuais de periferia que disseram que “tirando os Jardins (SP), ser gay na periferia é correr ameaça de espancamento e morte todo dia.

O brasileiro médio nunca foi “bonzinho”, como dizia Kate Lyra nos quadros de humor dos anos 80. O brasileiro médio “odeia viado”, odeia pobre — mesmo quando é pobre — não odeia “a pobreza”, odeia “o pobre”, divide as mulheres entre as putas e as mulheres pra casar, é racista e de um “racismo cordial” nojento, pois diz que tem amigo negro, mas não se importa que a polícia mate jovens negros inocentes.

As mulheres são as  grandes machistas, pois o machismo feminino é o que forma homens e mulheres machistas na socialização primária das crianças e elas NAO QUEREM se libertar dos padrões coercitivos do machismo, elas querem manter esses padrões, pois acreditam que nele elas tem privilégios (mesmo tomando porrada de machista e com um índice altíssimo de feminicídio — vivem uma eterna síndrome de Estocolmo) — já no feminismo, teriam que ser responsáveis por suas próprias vidas, teriam que ter autonomia existencial e isso é novo e assustador.

A candidatura de B17 rompeu o lacre do reacionarismo e o protofascismo que orienta o ethos do brasileiro médio, mas que com a tendência mundial de apoio à diversidade, ficava reprimida. Democracia é isso, senhoras e senhores e infelizmente o povo brasileiro “é isso”.

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

Nós aqui que achamos uma abominação o machismo, homofobia e racismo do PSL, nós que lutamos contra Bolsonaro e sua ideologia de extrema-direita, sua apologia à tortura, seu desmerecimento às mulheres, seu ódio aos LGBTQ e sua depreciação dos negros, somos a minoria numa elite cultural que não representa o brasileiro médio — e não digo isso com orgulho, mas com pesar —, pois somos o que o brasileiro médio não quer.

Então, se você, como eu, acredita nos valores da diversidade, na busca por equinanimidade para os excluídos, como base da cidadania, busque inspirar e influenciar os valores da igualdade por onde passar. Use o conhecimento como ferramenta para desconstruir mitos discriminatórios, use o conhecimento como forma de mostrar a realidade do Outro para aqueles fechados em suas bolhas, pois a empatia é o caminho para que estas pessoas entendam que você precisa lutar por quem não tem condições de lutar por si na sociedade. Não fique apenas na tentativa de convencimento de voto.

O trabalho para inspirar é trabalho de uma vida inteira, não de uma eleição — e só ele causa mudanças profundas. Não tente “convencer”, mostre o conhecimento, desconstrua os preconceitos pelo conhecimento e deixe que escolham o caminho a seguir. Se 1 em 10 pessoas se inspirar, você venceu.

E aprenda a mandar à merda quem precisa ser mandado à merda, sem medo de que não gostem de você, pois nada é mais precioso do que a integridade, e integridade é ser inteiro no que você acredita.”

Texto de Valeria Brandini, antropóloga. Graduada pela UNICAMP, Especialista em MULTIMEIOS (Comunicação e Interdisciplinaridade) pela UNICAMP, Mestre em Publicidade e Propaganda pela ECA – USP, Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA – USP em Convênio com UNIVERSITÁ LA SAPIENZA (Roma) e CENTRAL SAINT MARTIN’S SCHOOL OF FASHION (Londres) e Pós Doutoranda em Antropologia Empresarial pela UNICAMP.

Fonte: Facebook da Fabiana Agra

Slide 1

HORA DE VESTIR A CAMISA DO LULA

CONTRIBUA COM A REVISTA XAPURI
PIX: contato@xapuri.info

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

 

 

<

p style=”text-align: center;”> 

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.