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História e Cultura Africana e Afro-brasileira: Muito por aprender! revistaxapuri.info
História e Cultura Africana

História e Cultura Africana e Afro-brasileira: Muito por aprender!

História e Cultura Africana e Afro-brasileira: Muito por aprender!

Esta reflexão começa por uma pergunta: Como está sendo implementada  a Lei 10.639/2013 de Ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira, e o  que as pessoas  brancas brasileiras têm a ver com isso?

Essa lei tem o objetivo de criar um ambiente antirracista nas salas de aula para professores e alunos, reconhecendo que existem  percepções racistas no meio escolar.  Muitos acham que os negros vieram da África sem cultura, trazidos como escravos, sem história, e que sempre seriam humanos inferiores.

Talvez não saibam da origem africana da espécie humana, da sua importância na civilização egípcia, das relações históricas dessa civilização com a vida africana, com os reinos de Cush e Axum, mil anos antes de cristo, e dos impérios de Gana, Mali, Songai, Kanen-Bornu e Yoruba, dois mil anos depois.

Muitos acham que os negros chegaram analfabetos ao Brasil e que os brancos lhes ensinaram o pouco que sabiam. Muitos ignoram que grande parte dos escravos era muçulmana, letrada em árabe, e que serviam aos seus patrões analfabetos como escribas e guarda-livros em uma época em que até muitos dos padres e missionários não sabiam ler e escrever.

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Muitos ainda acham que a África é um país de mata e aldeias de pobres. Não sabem que é um continente com dezenas de países que lutaram contra o imperialismo para conseguir sua independência.

Não sabem que, se não prevalecesse a cultura africana do consenso coletivo,  teria sido muito mais difícil para Nelson Mandela acabar com o Apartheid na África do Sul; nem que esses países estão num processo firme de desenvolvimento, com suas culturas, literaturas, cinemas e artes ricas e diversificadas.

Muitos creem que os negros brasileiros só contribuíram para a  cultura brasileira no esporte, na música e com religiões exóticas. Não sabem o quanto os intelectuais e cientistas negros aportaram para o conhecimento brasileiro; nem a importância que as  rebeliões dos escravos teve nas mudanças sociais do passado; nem que a posição subordinada que hoje muitos têm na sociedade é resultante da discriminação; nem que as leis débeis que temos contra o racismo foram resultados de muita luta social, para resgatar a dívida que temos com a  história da escravidão.

Toda essa ignorância brasileira das contribuições negras chama-se etnocentrismo – achando que o branco é o centro do mundo, que haja diferenças raciais biológicas que depõem contra os não brancos, quando essas são inverdades.

Mas, não basta transmitir essas ideias a todos os professores e alunos. É preciso incluir essas ideias na sala de aula, qualquer  que seja o tema. É preciso que se dê exemplo diário com um comportamento antirracista dentro e fora da sala de aula. É o papel e a responsabilidade do branco, do negro e de todas as etnias.

História e Cultura Africanafoto: desabafosocial.com.br

ANOTE AÍ:

Este texto é de autoria de Joseph S. Weiss, ambientalista e defensor dos direitos humanos, com mais de 60 anos na luta contra o racismo. Segundo o autor, o texto foi inspirado no livro “Educação para as Relações Etnicorraciais”, de Ieda Leal de Souza (coord.), Luiz Cláudio de Oliveira, Roseane Ramos Silva dos Santos e Janira Sodré de Miranda, publicado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE (cnte.org.br)

História e Cultura Africanafoto: jornalocal.com.br

https://revistaxapuri.info/a-cultura-negra-para-alem-da-escravidao/

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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