Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
A Guerra do Contestado revistaxapuri.info

A Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado (1912-1916), em Santa Catarina, é considerada o maior conflito armado pela posse da terra já ocorrido no Brasil. O sangrento e prolongado embate, com milhares de mortos, exigiu várias campanhas pesadas do Exército, que pela primeira vez usou avião e metralhadora. Seu resultado foi uma reforma agrária na região.

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

A guerrilha se tornou conhecida também como “dos Pelados” e “dos Fanáticos”. “Contestado” porque aquela área do país ainda era disputada por Paraná e Santa Catarina. “Pelados” porque os rebeldes raspavam a cabeça pra evitar piolhos e outros bichos. E “Fanáticos” por ter uma fachada de movimento messiânico, religioso.

As razões da guerra, em verdade, foram socioeconômicas. Uma latente tensão social já existia por causa do coronelismo, mas foi a construção da ferrovia São Paulo-Rio Grande que a fez eclodir. O governo federal entregou a obra ao magnata ianque Percifal Farquhar, dono da Brazilian Railway Company, que já havia construído a Madeira-Mamoré, no Mato Grosso.

Foram dados à empresa 30 km de terras, em linha reta, às margens da ferrovia, para exploração de madeira e o que bem entendesse, mas aquelas terras já eram habitadas. Andava por lá um monge, de nome José Maria, que pregava o fim do mundo e a ressurreição, atraindo muitos fiéis. Em torno dele surgiu o conflito, mas ele morreu logo nos primeiros embates armados, ficando a adolescente Maria Rosa como liderança da seita.

Contudo, a moça era guiada por um conselho militar, que incluía seu pai, e repassava comandos como se tivessem sido visões. A luta ganhou vulto por anos a fio e só parou com a rescisão do contrato da ferrovia e o loteamento das terras que haviam sido entregues à empresa construtora, distribuídas a pequenos produtores.

Da produção daqueles minifúndios nasceram os grandes frigoríficos brasileiros (Sadia, Perdigão etc.), nas primeiras décadas do século passado.

Jaime Sautchuk – Jornalista. Escritor. Fundador da Revista Xapuri. Encantado em  14/07/2021, aos 67 anos de idade. Esta matéria faz parte do legado de Jaime. 

Slide 1

HORA DE VESTIR A CAMISA DO LULA

CONTRIBUA COM A REVISTA XAPURI
PIX: contato@xapuri.info

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.