Entre 18 e 22 de maio, os movimentos do campo brasileiro, sob a coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores (as) Rurais, a CONTAG, realizaram, de forma conjunta em todo o Brasil, o 21º Grito da Terra Brasil, “unindo em um só grito” trabalhadores e trabalhadoras rurais dos municípios e estados brasileiros.
Sob o lema “Desenvolvimento Rural Sustentável com garantia de Direitos e Soberania Alimentar”, a pauta do 21º Grito da Terra, apresentada à presidenta Dilma Rousseff no dia 15 de abril de 2015, “traz um conjunto de reivindicações demandadas pelos agricultores e agricultoras familiares do campo brasileiro que permite construir uma agenda positiva para o crescimento da economia com distribuição de renda”, diz o comunicado da CONTAG sobre o Grito.
Dentre os pontos de pauta encontra-se a “demanda pela ampliação do orçamento público para o investimento em políticas públicas estruturantes para superar a pobreza, as desigualdades sociais e ampliar e universalizar os direitos de oportunidades e igualdades para os sujeitos construírem cidadania, viverem e trabalharem com dignidade e qualidade de vida no meio rural”.
Ainda segundo a CONTAG, o movimento espera que o governo reconheça e valorize os sujeitos do campo, atendendo às demandas com medidas e políticas concretas para: avançar com a reforma agrária; fortalecer a agricultura familiar; proteger os e as assalariados/as rurais, assegurando aos homens e às mulheres o direito à terra e ao território e à transição para a agroecologia, visando a produção e oferta de alimentos saudáveis; preservar e conservar a biodiversidade.
O 21º Grito da Terra Brasil espera também “fortalecer as políticas públicas de geração de trabalho decente e de proteção social e cidadania, dentre as quais destacamos a saúde, educação de campo, Previdência e assistência social, segurança e comunicação”.
O Grito da Terra Brasil foi encerrado com uma solenidade no Plenário do Senado Federal, na tarde da sexta-feira, 22 de maio de 2015.