Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Florestas Estaduais: A preservação da vida na Amazônia revistaxapuri.info

Florestas Estaduais: A preservação da vida na Amazônia

Florestas Estaduais: A garantia de preservação da vida na Amazônia (A experiência acreana) 

A criação das florestas estaduais está diretamente relacionada com os movimentos sociais acreanos das décadas de 1970 e 1980. A defesa da floresta significava a preservação dos seus moradores para livrá-los da expulsão de suas terras e constitui-se no ponto chave para estimular, através da Reforma Agrária na Amazônia, o surgimento das unidades de conservação…

Por João Paulo Mastrângelo

As Florestas Estaduais são desdobramentos desse modelo de reserva para finalidades específicas, principalmente para o ordenamento territorial, conservação ambiental e produção sustentável, que atenda às aspirações dos seus moradores e garanta uma estratégia de desenvolvimento regional. Esse, portanto, foi o propósito da adoção dessa modalidade de unidade de conservação no Acre.

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

O Acre defendeu a floresta por saber que estava defendendo a vida. Posteriormente foi aprimorando a estratégia de ordenar seus territórios, baseado em premissas de sustentabilidade para garantir a evolução das suas necessidades políticas econômicas e sociais. A essência dessa estratégia nasceu no seio das comunidades florestais acreanas e o Governo Estadual, a partir de 1999, captou esse sentimento, internalizou, aprimorou e o transformou numa política pública com resultados comprovados.

A importância da criação das Florestas Estaduais contempla alguns aspectos fundamentais às políticas públicas na Amazônia:

  1. Ser fiel à elaboração de ordenamento adotada pela comunidade conforme o modo de vida tradicional das populações;
  2. Dialogar de maneira efetiva com as principais preocupações mundiais em relação à conservação da floresta amazônica;
  3. Fortalecer uma estratégia direcionada ao desenvolvimento regional, consciente de que essas florestas são a base da matéria-prima para as atividades econômicas em evolução no Estado;
  4. Tornar competitiva a economia de base florestal, com garantia de trabalho e renda no Estado.

A criação das florestas públicas não significa preservar por preservar. Com um patrimônio de aproximadamente 500 mil hectares de Florestas Estaduais, o Governo do Estado do Acre pretende, nestas áreas, garantir a estrutura básica para a realização do manejo florestal de uso múltiplo, a prestação de serviços públicos de qualidade, além da manutenção das atividades extrativistas tradicionais e o desenvolvimento de uma agricultura familiar sustentável.

No caso específico do Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório, localizado no Vale do Juruá ao longo da Rodovia Federal BR-364 entre os municípios de Cruzeiro do Sul e Tarauacá, teve como propósito demonstrar uma forma inteligente de se construir estradas na Amazônia, garantindo em primeiro lugar a mitigação de impactos ambientais decorrentes da pavimentação da estrada e contribuir para dinamizar a economia local com inclusão social.

A Floresta Estadual do Antimary foi o grande laboratório dessa experiência que está em fase de expansão no Estado. Nesta Unidade de Conservação, por exemplo, já é uma realidade a garantia de renda para todas as famílias a partir do manejo florestal sustentável. Além disso, a Floresta do Antimary tem se tornado uma das florestas tropicais mais estudadas no mundo, no que se refere à tecnologia aplicada ao manejo florestal exercendo, portanto, um papel chave na produção de conhecimento para todas as florestas tropicais do nosso planeta.

É importante lembrar que nós acreanos ainda temos grandes desafios em relação à conservação de nossas florestas. No entanto, a experiência acumulada com a criação da gestão de Florestas Estaduais no Estado do Acre confirma a viabilidade do modelo, atestando, desta forma, que importantes passos foram dados pelo Governo e a sociedade acreana em busca da sustentabilidade em todas as suas dimensões na Amazônia, que atualmente representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes no mundo com a maior diversidade do planeta.

João Paulo Mastrângelo – Engenheiro Florestal, MSc, em “Acre – um estado florestal” – publicação do Governo do Estado do Acre – mandato do governador Tião Viana, sem data. Dada a pressão para a redução das reservas estaduais na Amazônia, o texto se faz necessário para a compreensão do que está em risco de perda.

Foto de Capa – Floresta do Antimary – El Pais. 

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

 

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.