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Começou por uma questão prática. Até 1913, os correios dos Estados Unidos só mandavam cartas, com um limite de 2 libras (907 g). Então, foi criado o serviço de encomendas postais, permitindo mandar pacotes de até 11 libras (4,98 kg).
Os pais de um bebê chamado James Beagle, de 8 meses, fizeram as contas e mediram seu rebento – ele pesava 10 libras. Assim, decidiram mandá-lo para passar um tempo com a avó através da agência dos correios, que não teve alternativa a não ser carimbar e enviar – nenhuma regra dizia que as 11 libras não poderiam ser de gente.
Não demorou muito para que a história do pequeno James se tornasse viral. “Ele teve algumas manchetes quando aconteceu, provavelmente porque era muito fofo”, afirma a historiadora do Serviço Postal dos Estados Unidos Jenny Lynch.
Após o estouro nos jornais, outras famílias começaram a tentar o esquema. Numa “feliz” coincidência, os correios haviam subido o limite máximo para 50 libras (22,6 kg).
May Pierstorff, de 4 anos, foi enviada de sua casa em Grangeville, Idaho, até a de seus avós, a cerca de 73 quilômetros de distância, com selos colados no casaco. Edna Neff, de 6 anos, seria a recordista, mandada de Pensacola, Flórida, até Christiansburg, Virgínia, num percurso de 1.158,73 quilômetros.
A história não é tão chocante quanto parece. As crianças não eram jogadas em sacos junto com outras encomendas. Simplesmente acompanhavam os funcionários do correio pelo caminho. Muitos desses eram conhecidos pelas famílias. Daí vinha a confiança dos pais em entregar os filhos de olhos fechados.
No ano seguinte, os correios decretaram que era ilegal mandar crianças. Ainda assim, com a ajuda de funcionários coniventes, os “pacotinhos” continuaram a ser enviados até 1920, quando mandar humanos por correios se tornou um crime federal nos EUA.
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.
Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.
Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.
Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.
Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.
Zezé Weiss
P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!
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