Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
E agora? revistaxapuri.info
E agora?

E agora?

E agora?

O que se pode dizer hoje é que este é um dos momentos mais difíceis na história dos povos indígenas, porque trata-se de uma política adrede pensada, preparada dentro do próprio governo, que utiliza a máquina pública para ser contrária à questão ambiental e à questão indígena…

Por Sydney Possuelo

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

Esses são os fatores que fazem com que estes últimos quatro anos – claro, estamos falando do governo Bolsonaro – tenham sido os piores anos para os povos indígenas, desde sempre.

O que vemos agora, no Vale do Javari, com essas mortes, ou na Terra Indígena Yanomami, com 20 mil invasores, com os garimpeiros passando de barco, dando tiro nas comunidades, isso é o resultado, é o produto dessa política estabelecida por este governo nefasto.

Esse povo que está destruindo a Amazônia se sente protegido pelo governo. O governo os protege. O governo protege bandido. O governo está do lado de quem invade as terras indígenas, de quem acaba com o meio ambiente, de quem persegue e assassina gente como o nosso companheiro Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

É preciso ter claro que essa tragédia não vem de nehuma força extraterrestre, universal. Não, o que estamos vivendo é algo pensado dentro da polítia brasileira. E isso não vai passar se não mudarmos o comando da política nacional. Nossa solução tem que ser essa, eleger, dentro do sistema democrático, pelo voto,  uma nova visão sobre a questão indígena e sobre o meio ambiente.

Nem sempre as coisas foram ruins como estão agora. Não que antes tudo tenha sido perfeito, pelo contrário, sempre foram difíceis; por exemplo, pelo menos a questão estrutural – da demarcação de todas as terras indígenas –poderia ter sido resolvida durante os  anos de governos do PT.

O que piora as coisas, infinitamente, é que antes não existia esse clima instuticionalizado de fomento à violência, de distribuição de armas, de destruição da Amazônia e do meio ambiente, do ataque deliberado aos povos indígenas, que envergonha o povo brasileiro no Concerto das Nações. Eu mesmo tenho viajado e muitas vezes eu fico com muita vergonha de como o mundo nos vê hoje, lá de fora.

O que fazer? Torcer para que essas semanas do período pré-eleitoral passem logo e para que o novo governo tenha consciência sobre sua responsibilidade de proteger nossos povos e cuidar do nosso patrimônio. Até lá, é torcer para que os povos indígenas do Vale do Javari e todos os outros povos do Brasil se mantenham, como estão agora, firmes na Resistência.

 

Sydney Possuelo – Sertanista. Indigenista. Ex-presidente da Funai. 

 
Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.