Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Dupla ressaca de Réveillon revistaxapuri.info

Dupla ressaca de Réveillon

Dupla ressaca de Réveillon

Por Carol Proner

Passada a euforia do Ano Novo, especialmente comemorado por aqueles que vislumbram a derrota do fascismo em 2022, iniciamos a semana com o duplo efeito Réveillon: por um lado, a ressaca do aumento de contaminações por Covid e, por outro, a percepção de que serão 10 longos meses até a chegada da primavera e o início da reversão do quadro político.

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

A passagem do ano celebrou a esperança. Longe do frenesi das pautas parlamentares e da agenda política, trouxe a falsa sensação de trégua, de que o pior já passou, mas a impunidade garantida ao genocida custará mais um ano de mortes e de destruição ao país. 

O aumento exponencial da contaminação por Covid e as ameaças da variante Ômicron auguram contenções e renúncias, ameaçando os planos de um novo normal na vida cotidiana. E tudo isso agravado pelo comportamento negacionista de um governo preservado pelo pacto jurídico-político do “deixa-disso”, ajustado na crise do último 7 de setembro.

Não se quer, com essas memórias, estimular o pessimismo ou o desânimo. Ao contrário. Em um país tão golpeado como o nosso, o sentimento de esperança celebrado no Ano Novo precisa vir acompanhado de uma estratégia e de um plano de ação. 

Não nos é permitido o direito à distração, menos ainda à ingenuidade. É preciso observar, com realismo e cuidado, que as forças políticas neoliberais, aliadas à grande mídia, escolhem apoiar qualquer governo que garanta seus interesses imediatos e não há pudor nessa escolha.

Para o mercado financeiro e a mídia hegemônica associada ao capital internacional, as mortes por Covid e a destruição das condições de desenvolvimento de um país são efeitos colaterais de uma guerra contra a perdulária democracia. Lula e um projeto de Brasil-Nação são alvos nessa guerra e as eleições de 2022 são apenas a batalha final.

Portanto, neste momento em que as estatísticas de contaminação voltam a ser alarmantes e que estamos tão distantes da retomada democrática, é preciso pensar e planejar. Ajustes políticos arrematados nas casas de veraneio por todo o país têm como premissa, entre outras estratégias, o esquecimento dos sucessivos golpes e traições sofridos desde 2013, passando por impeachment farsesco, lawfare e lavajatismo aliado ao fascismo no poder.

O “deixa-disso” tem exigido, em nome de aliança para garantir governabilidade, o esquecimento como ponto de partida. No país dos pactos de silêncio, nada mais significativo.

Carol Proner – Doutora em Direito. Professora da UFRJ. Diretora do Instituto Joaquín Herrera Flores – IJHF. Matéria publicada originalmente no Brasil 247. Imagem de capa: Ameci. 

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.