Desculpa, Tizé! O desassossego/As furadas na pele/O senhor sempre tão calmo/Tão elegante!/Desculpa também/A não despedida./Não é minha culpa/Mas me desculpa?
Por Iêda Vilas-Boas
É daqui do meu Cerrado
Que sinto falta de asas
Queria voar
Ser beija/flor
Gavião
Sabiazinha medrosa
Paro de cantar
Seco com o espaldar das mãos
O choro contido
Ressentido
Dolorido
Desculpa, TiZé!
Os hospitais lotados
A falta de UTI
Desculpa a falta de ar
O ar que soprava farto
Na sua fazenda
Foi pouco esta manhã!
Desculpa, TiZé
O desassossego
As furadas na pele
O senhor sempre tão calmo
Tão elegante!
Desculpa também
A não despedida.
Não é minha culpa
Mas me desculpa?
Iêda Vilas-Bôas – Escritora, em memória e em homenagem do nosso amado tio José Vilas Bôas, de 84 anos de idade, levado pelo Covid na manhã deste sábado, 10 d abril de 2021.
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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas
Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz no “jardim das plantas tortas” de um pacato povoado cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje.
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