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De bem com a vida revistaxapuri.info

De bem com a vida

De bem com a vida

E quando os filhos não chegam?
– Quem nada, nem ninguém espera, tudo é só vida a acontecer…

Do Facebook de Maju Muniz

“-Estás à espera de quem?
– Já não espero ninguém! Estou só a usufruir a brisa passar…
– Não tens família?
– Tenho! Deixei de esperá-los…
– Estão zangados?
– Não! Estamos resolvidos, de bem… Com a vida!
– Como assim?
– Aprendi com os anos de caminho que não devemos esperar ninguém!
– Mas… Uma mãe deve esperar sempre os seus filhos…
– Por muitos anos achei que sim… Depois aprendi que só esperamos na ilusão de posse…
No dia em que entendemos que ninguém pertence a ninguém, que até os filhos são do Universo…
Passámos a Ser livres para receber, sejam os filhos ou tudo o que a vida nos reserva!
– E quando os filhos não chegam?
– Quem nada, nem ninguém espera, tudo é só vida a acontecer…
– É difícil de entender!
– Eu sei. Fomos iludidos a sentir amor como apego, quando a verdade é que o autêntico Amor é saber desapegar, Amor é liberdade para amar sem prender, para amar permitido ao outro voar!
– E não sentes solidão?
– Ela não existe para quem resgatou para si o direito de também continuar a voar…
E hoje, mesmo de forma diferente, aceito e ajusto e continuo a permitir-me ao meu voo!
– E quando não conseguires?
– Eu acredito que quem se permite a Ser livre, a morte chegará leve, quando o meu corpo físico deixar de poder voar, partirei de regresso a casa!
E sabes…
Acredito também que esse é o propósito da vida, nunca deixar de voar,
Para em Alma voo para Sempre Ser!
Até lá…
Vou continuar a usufruir simplesmente a brisa passar…” 
 
Pode ser uma imagem em preto e branco de pessoa, criança e ao ar livre

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

 
 
 
 
 
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