Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Chico Mendes e a força do Legado Democrático revistaxapuri.info

Chico Mendes e a força do Legado Democrático

Chico Mendes e a força do Legado Democrático

Chico Mendes e Marielle Franco dão sequência a Josimo, Canuto, Dorothy e todas as vítimas invisíveis das chacinas, nas favelas e nas periferias…

Por Adair Rocha

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

O dia do aniversário da morte/assassinada de Chico Mendes, é de renovação do compromisso com a democracia, na defesa dos trabalhadores do campo e da cidade. A floresta e  sua emanação, na manutenção do bem-comum, custou-lhe a vida, como a de tantos/as.

Pude participar do cultivo dessa plataforma política, na convivência de dois anos, com a direção nacional do PT, e nas suas andanças pelo Rio de Janeiro, especialmente, em constante luta pela preservação da floresta e da vida circulante, de trabalhadores e de povos originários, que daí [da floresta] respiram.

E Marielle, pela proximidade física e política, pude conviver com a força que potencializa nossa memória viva, democrática, ao tempo em que essa mesma potência a destruiu pelo medo que essa liderança emergente também provocava nos setores dominantes.

Como nos lembra Paulo Freire, o mestre também pode e deve ser aluno. Quando ela foi minha aluna na PUC-Rio, muito compartilhamos, tanto na produção social do acesso aos saberes, como na possibilidade de novos acessos à Universidade, provenientes da favela da Maré, especialmente.

Assim, o mistério, o milagre, a graça, e toda a espiritualidade que emana dos terreiros, dos templos, das sinagogas, etc, fazem o cerzimento das contradições, cada vez maiores, que perpassam nosso cotidiano. A desigualdade e a negação da diferença e da pluralidade, afeta, cada vez mais, a população empobrecida.

Esse é o contexto que explica não só o medo que se tem de Lula, mas, sobretudo, dos novos Lulas soltos por ai e que vão sendo reconhecidos, localmente, e no mundo. No caso de Chico Mendes, Marielle e mais uma galera, cortaram logo pela raiz. Se Lula dá tanto trabalho, imagina essa moçada que planta e rega novas flores e frutas nos jardins e nas hortas da Democracia. 

No dia de sua morte, Chico Mendes e tudo o que os Franciscos significam,  nosso compromisso total com a importância histórica que significa o dia 22 de dezembro. 

Adair Rocha – Professor da PUC-Rio e da UERJ. Diretor do Departamento Cultural da UERJ. Escritor. Autor de “Cidade Cerzida”. Apresentador e criador do Roda Multicêntrica, na TV Portal de Favelas.

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.