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Bia de Lima: Em defesa da da Educação revistaxapuri.info

Bia de Lima: Em defesa da da Educação

Bia de Lima, goiana de Jataí, pedagoga, especialista em educação brasileira pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é, antes de tudo, uma militante dos movimentos sociais. Na década de 1980, militou no Movimento Reviravolta e presidiu o Centro Acadêmico Paulo Freire, da UFG. Na vida adulta, foi duas vezes vereadora em Jataí (1997–2001 e 2001–2004). Presidenta da CUT-Goiás e presidenta do Sintego, Bia gentilmente recebeu a Xapuri em Goiânia:

Xapuri – Qual sua avaliação da Educação nesse momento?

Bia – Nós estamos em um momento muito importante da Educação, porque conquistamos a Lei do Piso. Nossa categoria lutou 200 anos para ter um piso salarial e, no seu governo, o presidente Lula sancionou a Lei. Mas é preciso muito mais. O Plano Nacional de Educação (2014–2024) possui metas ambiciosas no sentido de valorizar o magistério, foi aprovada a lei dos royalties do petróleo, que destina mais recursos para a Educação, e isso nos faz crer que caminhamos para tempos muito melhores.

Xapuri – Como está sendo o processo de implantação da Lei?

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Bia – Em Goiás, temos travado batalhas imensas junto ao governo do estado e às prefeituras, para garantir a aplicabilidade da Lei, para que os professores e os demais profissionais da Educação possam ter o piso implementado. Nós estamos tendo muita dificuldade, porque na hora de implantar a Lei, os prefeitos fizeram o achatamento das carreiras. Então, nós tivemos que segurar a carreira para que não fosse destruída e, ao mesmo tempo, tentamos garantir o piso. E mesmo agora, as prefeituras ainda estão tentando tirar, diminuir o percentual de formação, o que é péssimo, porque é isso que garante a progressão e a valorização da carreira. No estado, o governo achatou nossa carreira, destruiu a titularidade, tem sido um grande prejuízo desde 2012.

Xapuri – Como assim?

Bia – Primeiro, o governo acabou com as gratificações por titularidade e, com isso, achatou a carreira e prejudicou a formação. Os 30% da titularidade foram incorporados ao salário-base. Na prática, foram os próprios professores que pagaram o piso. E, depois, tivemos outro problema: o estado começou a pagar o piso para Professor Nível I e Nível II a partir de janeiro, como estabelece a Lei, mas para os professores que têm graduação e pós-graduação, que são os professores PIII e PIV, o pagamento passou a ser feito somente a partir de maio, o que é punição para quem estuda. O correto seria pagar o reajuste a cada janeiro para a carreira como um todo. A atitude do Executivo destruiu nossa carreira, passou por cima de uma questão que para nós é essencial, que é a isonomia, princípio constitucional.

Xapuri – Como se contrapor a isso?

Bia – Com o piso, houve aumento real de salário, e a grande maioria dos professores acaba vendo só esse aspecto, ou seja, essa aparente valorização. Há uma espécie de apatia, mas o maior empenho do Sintego hoje é promover essa conscientização, é mostrar os prejuízos, é apontar as diretrizes para que os professores e professoras continuem lutando pela valorização do magistério. Lutando principalmente contra esse achatamento da carreira, buscando, com urgência, garantir o retorno das gratificações por titularidade. Só assim poderemos fortalecer a remuneração, a formação e a carreira.

Xapuri – E o governo federal?

Bia – Estamos tentando convencer o TCM e o MEC a serem mais exigentes. Por exemplo, é preciso que sejam criados mecanismos de verificação para que, na hora do envio de recursos para os municípios, seja verificado se a administração municipal cumpre com a Lei do Piso. Nós queremos muito que o MEC crie alguma forma de condicionalidade, porque, se o prefeito souber que ficará sem outros recursos, ele vai encontrar um jeito de pagar o piso da Educação. Quanto ao estado de Goiás, estamos esperançosos e confiantes na capacidade de diálogo. Mas, também, estamos prontos para lutar caso as propostas que venham não correspondam às nossas expectativas.

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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