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O Arranca-Línguas: a lenda do King Kong do Cerrado
Diz a lenda que esse gorila gigante, que habita as matas da região do Araguaia, é bem maior do que um ser humano e gosta muito de comer línguas – de cabras, cavalos, bois, e até mesmo de gente. Quem já o viu contou pra quem não viu que o bicho cabeludo, de voz fanhosa e cara chata, ataca as reses de noite, e delas só retira a língua, para comer. Já dos humanos, conta a lenda que o monstro só arranca a língua dos ladrões de gado.
Dizem que ele se parece mais com o King Kong do que com um gorila africano, que perambula desde a cabeceira do Xingu até as cercanias de Goiânia. Explicam os historiadores que a região do Araguaia ficou despovoada por muito tempo pelo medo que as pessoas passaram a ter desse monstro que foi apelidado de King Kong goiano. Verdade ou não, o fato é que o Arranca Língua tem até poesia, de autoria do poeta Zoroastro Artiaga.
DADO CURIOSO: Ao contrário de tantas outras lendas, essa parece ter ano certo de nascimento. Ela teria aparecido no ano de 1929, na região de Aruana, onde ficava o antigo porto fluvial do Araguaia. Diz-se que naquele ano uma crise de febre aftosa atacou os rebanhos. Com a doença, os animais passaram a sofrer de grande “comichão” na língua. Tentando coçá-la, a rês acabava por cortar a própria língua com seus próprios dentes. De lá, a endemia se esparramou pelo resto do estado de Goiás, deixando, por onde passava, muitos animais com as línguas cortadas. Foi o suficiente para a imaginação popular criar mais uma fantástica lenda brasileira.
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.
Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.
Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.
Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.
Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.
Zezé Weiss
P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!
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