Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
O Arranca-Línguas: a lenda do King Kong do Cerrado revistaxapuri.info
O Arranca-Línguas: A lenda do King Kong do Cerrado

O Arranca-Línguas: a lenda do King Kong do Cerrado

O Arranca-Línguas: a lenda do King Kong do Cerrado

Diz a lenda que esse gorila gigante, que habita as matas da região do Araguaia, é bem maior do que um ser humano e gosta muito de comer línguas – de cabras, cavalos, bois, e até mesmo de gente. Quem já o viu contou pra quem não viu que o bicho cabeludo, de voz fanhosa e cara chata, ataca as reses de noite, e delas só retira a língua, para comer. Já dos humanos, conta a lenda que o monstro só arranca a língua dos ladrões de gado.

Dizem que ele se parece mais com o King Kong do que com um gorila africano, que perambula desde a cabeceira do Xingu até as cercanias de Goiânia. Explicam os historiadores que a região do Araguaia ficou despovoada por muito tempo pelo medo que as pessoas passaram a ter desse monstro que foi apelidado de King Kong goiano. Verdade ou não, o fato é que o Arranca Língua tem até poesia, de autoria do poeta Zoroastro Artiaga.

KING KONG

Feroz, cruel, terrível, monstruoso,

De grande força e porte agigantado,

O sertão de Goiás, misterioso,

Habita o King-Kong tão falado.

História ou lenda, o fato é curioso

E parece bastante exagerado:

É que vagueia a procurar o gado,

Arrancando-lhe a língua, furioso.

E por todo lugar por onde passa

Assola o gado pela pastaria,

Pelo prazer de línguas arrancar.

Ah, se tal monstro por aqui passasse,

Quantas línguas compridas tiraria!

E quanta gente sem poder falar!

arranca-linguas-www-sohistoria-com-br

Ilustração: Só História

DADO CURIOSO:  Ao contrário de tantas outras lendas, essa parece ter ano certo de nascimento. Ela teria aparecido no ano de 1929, na região de Aruana, onde ficava o antigo porto fluvial do Araguaia. Diz-se que naquele ano uma crise de febre aftosa atacou os rebanhos. Com a doença, os animais passaram a sofrer de grande “comichão” na língua. Tentando coçá-la, a rês acabava por cortar a própria língua com seus próprios dentes. De lá, a endemia se esparramou pelo resto do estado de Goiás, deixando, por onde passava, muitos animais com as línguas cortadas. Foi o suficiente para a imaginação popular criar mais uma fantástica lenda brasileira.

Fonte: Consciência

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.