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Do Canadá à Amazônia a Pé: conheça a história de Anton Pilipa revistaxapuri.info

Do Canadá à Amazônia a Pé: conheça a história de Anton Pilipa

Do Canadá à Amazônia a Pé: conheça a história de Anton Pilipa

Anton Pilipa, nativo do Canadá, desapareceu de sua cidade, Vancouver, em 2012. Cinco anos depois, foi encontrado a milhares de quilômetros, no coração da floresta amazônica. Ele tinha feito grande parte da viagem a pé…

Pilipa caminhou e pediu carona pela América do Norte e Centro-América, até alcançar a América do Sul. Para chegar à Amazônia brasileira, Pilipa teve que atravessar 10 fronteiras incluindo as do México, Guatemala, Honduras, Panamá e Colômbia. Sem dinheiro, o canadense sobreviveu pedindo esmola.

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Segundo seu irmão, Stefan, Pilipa iniciou um tratamento por esquizofrenia antes de desaparecer. “É incrível que ele esteja vivo e que tenha chegado tão longe,” disse o irmão. “Eu sempre me perguntava: ‘Onde ele está?’ ‘ O que aconteceu com ele?'”

Pilipa iniciou sua viagem na cidade de Vancouver, onde morava. Sua intenção era visitar a Biblioteca Nacional da Argentina. E conseguiu. Porém, ao tentar entrar na biblioteca foi barrado por não portar identidade. De lá, regressou para o Brasil.

Com a polícia brasileira, Anton teve seu primeiro contato em novembro de 2016, quando policiais do estado de Rondônia o encontraram e a princípio imaginaram que fosse um sem-teto. Porém, para Helenice Vidigal, uma policial rondoniense com cidadania canadense-brasileira, havia algo diferente em Pilipa:  “Eu sabia que ele não era daqui. Anton é diferente, ele se destaca.”

Depois de identificá-lo como canadense, e interná-lo em um hospital local, Helenice começou a fazer contato com a Embaixada do Canadá,  para tentar localizar a família de Anton. Mas Anton escapou do hospital e se perdeu no emaranhado da selva onde, segundo Vidigal, ele entrou em uma área cheia de predadores como crocodilos e felinos grandes. “Ficamos realmente com medo dele ser comido por um desses animais,”completou a policial.

Semanas depois Anton foi encontrado vivo e descalço numa rodovia perto de Manaus. O policial que o encontrou conseguiu localizar sua família pelas redes sociais. O irmão Stefan veio buscá-lo. “Ele parecia bem mal, sua saúde parecia bem deteriorada”, disse Stefan ao encontrá-lo.

Antes de sair do Canadá, Anton era um ativista social que morava com comunidades radicais e chegou a ser condenado por violência e porte de armas. Ele sumiu antes de aparecer no tribunal. Ao regressar no seu país de origem, foi preso e subsequentemente liberado para aguardar seu julgamento em liberdade.

Nas palavras de Anton: “Eu nunca me senti sozinho [durante a viagem]. Pensei muito durante anos, dormi a céu aberto. Viver é algo muito simples, não precisamos de muitas coisas” disse Anton ao New Zealand Herald.

A passagem de volta para o Canadá foi custeada por uma vaquinha virtual de pessoas sensibilizadas pela história de Anton.

Anton Pilipa do Canadá

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

 
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