Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
Agir pela Terra, pelo homem, pela vida revistaxapuri.info

Agir pela Terra, pelo homem, pela vida

Agir pela Terra, pelo homem, pela vida

CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO

 Por Jair Pedro Ferreira

Incêndios fora de controle na Califórnia, na Austrália, no Pantanal Brasileiro, nas florestas de Portugal. Enchentes na Alemanha, em Moçambique, no Nordeste brasileiro, secas no norte da Argentina e Sul do Brasil. Não é preciso ser especialista em clima para perceber que os eventos chamados de “naturais” estão cada vez mais devastadores e frequentes e não respeitam fronteiras.

Por causa desse verdadeiro atentado ao meio ambiente, centenas de entidades, ativistas ambientais e diversos artistas marcam presença, nesta quarta-feira, dia 9, em Brasília em frente ao Congresso Nacional, no Ato em Defesa da Terra e contra o Pacote da Destruição. É necessário pressionar o parlamento a não colocar em votação esse pacote de maldades do governo.

O sexto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, na sigla em inglês), divulgado em fevereiro, afirma que os eventos extremos já afetam metade da população mundial, aprofundando as desigualdades e retardando o desenvolvimento dos povos e países. Pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada no ano passado, demonstrou que o Sul da floresta amazônica já emite, por causa do desmatamento seguido de queimada, mais CO2 do que absorve. E o que faz o governo brasileiro diante de um cenário tão preocupante?  

Prepara a aprovação a toque de caixa de uma série de medidas que não pode ter outro nome que não o de Pacote da Destruição, projetos de lei que irão legalizar o crime ambiental, a devastação e dilapidação dos nossos parques e patrimônios naturais. Entre os vários retrocessos inaceitáveis está a mineração em terras indígenas, a anistia à grilagem de terras públicas, a liberação irrestrita de agrotóxicos.

No documento, que convoca para o ato e assinado por artistas como Caetano Veloso, centenas de organizações alertam: “…Todos os indicadores são de trágico retrocesso: desmatamento, emissões de gases de efeito estufa, perda da sociobiodiversidade, grilagem de terra, degradação de áreas protegidas, invasões a territórios indígenas e quilombolas, envenenamento dos alimentos, violência e criminalização contra populações tradicionais e camponesas, especialmente mulheres e negros…. Mas esse quadro pode não apenas piorar, como se eternizar, caso o Congresso Nacional resolva se aliar definitivamente ao presidente em sua cruzada contra o país e o planeta”.

Entendo que lutar contra esse verdadeiro “combo da morte”, é uma tarefa que cabe a todos os trabalhadores, pois sua aprovação seria a institucionalização do “passar a boiada” idealizado pelo ex-ministro do Meio Ambiente, de triste memória. E se tem uma lição que devemos aprender depois de enfrentarmos uma pandemia como a de Covid- 19, é que nossas ações estão interconectadas. Lutar contra esses projetos é resistir pelas nossas vidas, mas também pela saúde de todo o planeta.

Jair Pedro Ferreira é diretor de Formação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).  Foto Ilustrativa: Ato Pela Terra 09.03 – Reprodução Instagram Caetano Veloso.


Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.