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A lenda do Urutau segundo o povo Guarani revistaxapuri.info
A lenda do Urutau segundo o povo Guarani

A lenda do Urutau segundo o povo Guarani

A lenda do Urutau segundo o povo Guarani

Diz a lenda que houve, em tempos muito distantes, uma linda moça Guarani, chamada Nheambiú, filha de um importante cacique do povo Guarani…

Por Zezé Weiss

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Certo dia, Nheambiú se apaixonou por um prisioneiro político dos Guarani, o bravo guerreiro Tupi chamado Cuimbaé.

Nheambiú implorou a seu pai que a deixasse casar com Cuimbaé, mas o pedido foi negado, porque o moço era do povo Tupi, inimigo histórico dos Guarani.

Desesperada, Nheambiú fugiu para o meio da floresta. O cacique então mobilizou todos os homens da aldeia para procurar sua filha. Quando, depois de muito tempo, a encontraram, Nheambiú estava totalmente paralisada e muda, como se fosse uma estátua de pedra. 

Como Nheambiú não reagia a nenhum estímulo, o cacique chamou o pajé, que informou seu pai que a moça havia perdido a fala para sempre e que só uma grande dor a faria recuperá-la. 

Todo mundo então passou a contar histórias tristes para Nheambiú, que continuava muda. Então chegou uma hora em o pajé disse: Cuimbaé acaba de ser morto!

Naquele mesmo momento, o corpo de Nheambiú tremeu todo e ela começou a chorar. A força dos lamentos da jovem indígena transformou todo mundo que estava ao seu redor em árvores secas, enquanto ela se tornou um Urutau, que saiu voando. 

Desde então, noite após noite, o Urutau vai pousando nos galhos secos das árvores da floresta, soltando seus tristes lamentos de dor. 

 

Zezé WeissJornalista Socioambiental. Releitura e edição da lenda, editada com base em texto  de Jussara Melo, publicado em https://noamazonaseassim.com/lenda-do-urutau-contada-pelo-povo-guarani/

 

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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!

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