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A era da estupidez revistaxapuri.info

A era da estupidez

A era da estupidez

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A terra ficou plana, Jesus esqueceu o Monte das Oliveiras e preferiu as goiabeiras, nossa diplomacia fala grego, tupi e latim e, em todas línguas do mundo, só asneiras.

Nossos peixes, inteligentes que só, desviam do óleo, nossos irmãos negros deviam dar graças pela escravidão, nossos estudantes plantam maconha e sintetizam anfetaminas nos laboratórios de química, para garantir a produção de balbúrdia sem depender de importação e vamos permitir que todos andem armados, pois assim, com o excludente de ilicitude, poderão ser baleados sem o incômodo de um processo.

Ah, sim, o presidente da República e a polícia dizem que são os ambientalistas que ateiam fogo à floresta e um ministro insinua que também lançam óleo ao mar. Fritar hambúrguer passou a ser currículo para representar o país nos EUA e o Twitter passou a ser a Voz do Brasil, diário extraoficial, mas não muito, do Governo.

Tem mais, claro: golden shower, faz-se ofensas à mulher do Presidente da França, invoca-se o AI-5 para proteger a democracia, o porteiro comete crime contra a segurança nacional e protege-se o Queiroz como essencial à segurança nacional e um desbocado charlatão vira Guru da República.

Falta alguma coisa?

Pois eu digo que não falta nada que mais falta faça que Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta que recolha, com humor esta tragédia.

Só isso, pois até o dedo-duro, personagem principal entre os imbecis pró-ditadura voltaram, agora sob o nome pomposo de delatores premiados.

Fonte: Tijolaço

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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