Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the insert-headers-and-footers domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpforms-lite domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the advanced-ads domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-includes/functions.php on line 6121

Deprecated: version_compare(): Passing null to parameter #2 ($version2) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor/core/experiments/manager.php on line 132

Deprecated: strpos(): Passing null to parameter #1 ($haystack) of type string is deprecated in /home/u864329081/domains/revistaxapuri.info/public_html/wp-content/plugins/elementor-pro/modules/loop-builder/module.php on line 200
A alegria voltou revistaxapuri.info

A alegria voltou

A alegria voltou
 
Foram dois anos sem folia, sem a gostosa ressaca da grande festa popular, o Carnaval, por causa de um minúsculo vírus que nos jogou para o confinamento, o enclausuramento dentro das nossas casas, nos envolvemos em fantasmas produzidos pelo pensamento, a mente ficou insana.
 
Por Lucia Pedreira
 
 
Agora, debaixo da chuva ou do sol inclemente fomos festejar nas ruas. “Eu quero é  botar meu Bloco na rua… brincar, botar pra gemer…” diz Sérgio Sampaio, na famosa marchinha carnavalesca. Abrimos os braços para os abraços apertados e festejar dias felizes, melhores, cheios de esperança. O verbo é esperançar.
 
Houve saudade da festa não realizada. Fomos para as ruas recuperar o tempo perdido, o amor de cinco dias que se vai no final da folia, sem deixar endereço e nem beijo de despedida.
 
O Carnaval deixa lembranças boas para sonhar no embalo das noites preguiçosas, o cansaço feliz de não ter arrependimento por exagerar na diversão, pés machucados de tanto sambar, porque quem gosta de folia, de marchinhas, de samba, se entrega de corpo e alma, como se não houvesse amanhã.  “Este ano, não foi igual aquele que passou,  eu não brinquei, você também não brincou…”
 
Fantasias, purpurinas, confetes e serpentinas saíram das gavetas. Houve brilho, enredos contra a importunação sexual, contra o racismo, homossexualidade, resgates culturais, memórias, as mulheres estão mais empoderadas, somos matriarcas.
 
Os sambódromos, as ruas, de norte a sul do país, voltaram a se colorir, nos carros alegóricos, nas fantasias. Aplaudimos o erotismo da dança, dos corpos sensuais; os deslumbrantes acessórios carnavalescos. Houve encontros, abraços e beijos. O planeta mudou.
 
A luta pela igualdade social por um mundo mais humano, mais fraterno, derruba barreiras. A ciência trouxe luz, o brilho do Carnaval é real. As máscaras foram substituídas por outras cheias de glamour. Voltamos a rir, dar gargalhadas, é a alegria de Viver.
 
Lucia Pedreira – Jornalista -Goiânia-Goiás. Matéria gentilmente enviada por Nonô Noleto – Laurenice Noleto Alves, Conselheira da Revista Xapuri. Todas as imagens são do Bloco  Não é Não, de Goiânia, cedidas por Nonô Noleto. 
 

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação. 

Resolvemos fundar o nosso.  Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.

Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.

Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e,  enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapui.info. Gratidão!


 
[instagram-feed]
Enable Notifications OK Não, obrigado.