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O lixo que vale ouro revistaxapuri.info

O lixo que vale ouro

O lixo que vale ouro

Na beira de um lago de água bem turva estava um homem com um pau na mão tirando o lixo do lago.  Tirando aquelas imundícies ele se alegrava. Sorria com cada lixo que conseguia tirar do fundo do rio.

Enquanto repetia várias vezes o mesmo gesto, uma senhora que o observava de longe foi aproximando meio desconfiada até chegar bem perto e poder ser ouvida. Então ela teve a coragem de perguntar ao homem: “Está gostando das descobertas?”

Ele respondeu:  -“Sim, estou gostando de tudo o que venho tirando, apesar de não entender porque porque estas coisas estavam dentro deste lago contaminando e eram tidas como lixo!”

Então o pescador tirou do fundo do lago algumas pessoas: uma que estava com seu parente no hospital; outra que estava com sono; uma outra que estava em uma ligação; outra que desejava parar de fumar; tirou que resgatava vidas; que analisava escritos; havia também uma pessoa que perguntava o “pra quê?” e o “por quê?” das coisas; por fim tirou um homem que tinha lágrimas nos olhos: um homem que sabia chorar.

O pescador de lixo descobriu que os homens choram e que não são somente as mulheres nos filmes românticos. Descobriu, portanto, que existe um filme muito mais interessante de amor que passa no inconsciente entre sua mãe e ele. Um filme em que as ações são reproduzidas desde sua geração.

Os atores deste filme são todas as pessoas da família. O diretor do roteiro nem sempre é o roteirista! Pode ser qualquer um dos atores, basta estar na ação para permitir a criação do filme.

Sim! – respondeu o homem – Na família todos são iguais: é uma família: que sabe amar, perdoar, mas acima de tudo, sabe que as pessoas são sensíveis o suficiente para amar umas às outras.

Ao ouvir este relato do pescador de lixo aquela senhora que escutava atentamente entrou em uma grande inquietação. Sem muito embaraço ela descreve: eu aproveitei todos os momentos com minha mãe: quando tinha sono eu a queria acordada;  se estava com os seios cheiros, eu pensava, é para me alimentar!”

Nesse momento o homem deixa aquele pau na beira de todos os lixos e abraça aquela mulher. Enquanto a afaga, vai dizendo: “deixe-se tocar pelo recomeço. Não é porque uma situação em particular não deu certo em sua vida que todas as outras serão ruins.” Depois completou: – “uma pessoa pode deixar a comida queimar enquanto está cozinhando, mas nem por isso ela vai ser uma pessoa má.”

Dentro daquele abraço inusitado, cada um tinha um sentimento de amor para externar, por isso a senhora disse ao pescador: – “cada pessoa traz dentro de si sua história familiar, os atos cotidianos são apenas alguns meios para os expor.”

Aquela voz suave foi entrando nos ouvidos do pescador até chegar em sua entranhas. Ele sentia que onde a voz passava dentro de si deixava um toque de leveza, suavidade, realização e que, por mais que ele quisesse escutar outra pessoa falando não conseguia ouvir senão a voz calma de quem ele já conhecia, pois todos estes sentimentos só podiam vir de sua mãe.

Deste modo, o pescador olhando para aquela senhora vê que realmente é sua mãe, a qual sempre esteve apoiando-o nos momentos em que precisou limpar o lago de sua vida de tanta poluição histórica, retirar o lixo que era um tanto assombroso, mas acima de tudo, sua mãe estava naquele instante contemplando, com alegria, toda a  história de seu filho. Todo aquele lixo de sua vida perdeu seu valor quando ganhou significado novo, pronunciado de uma voz gratuita onde sua mãe disse: – “eu te amo, meu filho!”

 

 

 

 

 

 

ANOTE AÍ:

Padre Joacir d`Abadia – Pároco em Alto Paraíso de Goiás. Filósofo. Autor de nove livros. Especialista em Docência do Ensino Superior. Contato: joacirsoares@hotmail.com. As imagem  utilizadas na  capa desta matéria é de autoria desconhecida. Caso alguém conheça seus autores ou autoras,  por gentileza nos informar pelo e-mail contato@revistaxapuri.info para que possamos registrar o devidos crédito. A imagem interna é do acervo da jornalista Maria Felix Fontele, da Academia Taguatinense de Letras – ATL.

 

 

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